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SEGUNDA FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2024
31 de AGOSTO de 2018 | Fonte: Correio do Estado

Odilon ficou “contrariado” com destaque de Moro

Sucesso da Lava Jato ofuscou trabalho da 3ª Vara Federal de Campo Grande
Odilon se aposentou para concorrer ao Governo

O documento registrado em cartório onde Jedeão de Oliveira, primo do juiz federal aposentado e candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Odilon de Oliveira (PDT), acusa o magistrado de diversa irregularidade aponta ainda o mesmo teria ficado “muito contrariado” com o destaque do também juiz federal da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, Sérgio Moro. 

 

Moro ficou conhecido nacionalmente por ser responsável em primeira instância pelos processos da Operação Lava Jato. Desencadeada em março de 2014, unificando quatro investigações que apuraram a prática de crimes financeiros e desvio de recursos públicos. 

 

Na declaração por Instrumento Particular, o ex-braço direito e primo de Odilon, Jedeão pontua, além da venda de sentença, das escutas clandestinas e do superfaturamento em relatórios de apreensões, a vaidade do magistrado com a fama do colega Moro. “Ele era o candidato a herói nacional e não esse tal Sérgio Moro”. 

 

Segundo consta as declarações do primo, o sucesso de Moro no cenário nacional despontou em um momento de total “paradeira nos serviços da 3ª Vara. Já havia se passado mais de dois anos sem nenhuma grande operação e só quem aparecia na mídia era o juiz Sérgio Moro”. 

 

Odilon teria buscado aparecer novamente na mídia com o valor de apreensões feitas por sua vara, mas, como não havia carros de luxo entre os itens, questionou sobre uma Ferrari que foi apreendida do Márcio Irala, dono da TecMac. Porém, conforme as declarações de Jedeão, o magistrado esqueceu que teria restituído o veículo ao dono em uma suposta troca de favores ao amigo de seu filho, Adriano Magno, Fábio Andreazi. Na busca para aparecer na imprensa, o magistrado teria tratado seus funcionários de forma ríspida, o que não era comum, segundo o primo.

 

Jedeão tentou fazer acordo de delação premiada ao Ministério Público Federal, mas o MPF concluiu que não havia elementos mínimos (provas) para início de tratativas para acordo de colaboração premiada. O advogado foi orientado a procurar o MPF caso o réu tivesse novos elementos a serem analisados, o que não ocorreu.

 

POLÍCIA FEDERAL

Por meio de nota, Odilon informou que enviou expediente à Polícia Federal para que a mesma possa abrir inquérito a fim de apurar os fatos referentes às acusações feitas pelo seu ex-assessor Jedeão de Oliveira. O magistrado nega as acusações.



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