Reajuste nas contas de energia elétrica para os consumidores de cinco municípios de Mato Grosso do Sul foi aprovado hoje pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O aumento,com efeito médio de 24,42%, começará a ser cobrado já na próxima segunda-feira (27).
O reajuste foi aprovado para os consumidores atendidos pela empresa Elektro Eletricidade e Serviços S/A, que atende 2,6 milhões de unidades consumidoras localizadas em cinco municípios de Mato Grosso do Sul, da região do Bolsão.
Para os consumidores residenciais de Selvíria, Três Lagoas, Brasilândia, Santa Rita do Pardo e Anaurilândia, o aumento será de 23,13%; para os atendidos na baixa tensão, será de 23,20% e para a alta tensão, 26,75%.
Segundo a Aneel, os chamados componentes financeiros, principalmente relacionados à aquisição de energia e ao risco hidrológico, foram o que mais influenciou no reajuste.
Além de Mato Grosso do Sul, também haverá reajuste nas contas de luz para consumidores de outros cinco estados, sendo Maranhão, São Paulo, Paraíba, Paraná e Santa Catarina. Para os consumidores do Paraná, os novos valores começarão a ser cobrados no domingo (26); para os de São Paulo e Mato Grosso do Sul,na segunda-feira (27); para os do Maranhão e da Paraíba,na terça-feira (28); e para os de Santa Catarina, na quarta-feira (29).
DISPARIDADE
Após o anúncio dos índices de disparidade, o Conselho Nacional dos Consumidores da Área de Concessão da Energisa-MS (Concen), emitiu nota afirmando que há uma disparidade de impacto nas tarifas em função da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Segundo o Concen, a Elektro, que atende a região do Bolsão, teve reajuste médio de 24,42%, enquanto a Cemar, do Maranhã, ficou com 16,94%.
“Além de pagar o exorbitante, porque estamos vinculados a Itaipu, que tem preço da energia atrelado ao dólar, o valor de quem está no Centro-Sul para a CDE é três vezes superior ao do Norte e Nordeste, uma distorção que já deveria ter sido corrigida, mas estamos patinando nesse assunto. Estamos todos interligados, mas ainda pagamos 70% e os Estados do Norte e Nordeste 30%”, atenta a presidente do Concen, Rosimeire Costa.