Pesquisa premilinar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que as áreas utilizadas para lavouras permanentes tiveram crescimento de 155% entre 2006 à 2017 em Mato Grosso do Sul, sendo as lavouras temporárias aumentaram 55,5% nesse mesmo período. Balanço foi apresentado pelo Censo Agro na manhã desta quinta-feira (26) no IBGE, em Campo Grande
As lavouras permanentes, florestas plantadas, são áreas que mesmo após a colheita não necessitam de novo plantio produzindo por vários anos, como por exemplo a seringueira. Essa lavoura em 2006, teve registrado 61.593 mil hectares e passou para 157.087 hectares em 11 anos.
Já nas lavouras temporárias que abrange áreas plantadas de curta duração e precisam de novos plantios a cada colheita, como grãos e cana de açúcar, cresceu de 7,2% para 11,6% em 2017.
Com esse aumento, as áreas de pastagem sofreram queda de 14,3%. Em 2006 foi contabilizado 14.834 mil hectares e esse valor caiu 12.706 mil hectares.
De acordo com o Coordenador Técnico do Censo Agropecuário do MS, José Aparecido de Lima Albuquerque, isso acontece quando o produtor decide migrar para o plantio de grãos, como a soja por exemplo, e aumenta o campo de lavoura, deixando de aumentar as pastagens. No entanto, Albuquerque afirma que mesmo com a queda nessas áreas, a qualidade da pastagem não caiu.
Estabelecimentos agropecuários
A pesquisa aponta que, em 11 anos, Mato Grosso do Sul cresceu 9%na área total ocupada por estabelecimentos agropecuários, ou seja, o Estado tem a 4ª maior área de estabelecimentos agropecuários do País. Mesmo com os dados preliminares, os dados apontam que em 2006, o Estado tinha 64.684 mil estabelecimentos e aumentou 70.710 mil com área de 29 milhões de hectares. Campo Grande conta com cerca de 1.845 estabelecimentos agropecuários.
Pesquisa continua
Para Albuquerque, mesmo que o balanço seja preliminar, o Estado está com todos os setores bem e teve grandes destaques nesses 11 anos. “As matas e florestas foram os destaques, porque que teve um aumento significativo até mesmo no plantio de eucalipto nos municípios”, disse.
Porém o coordenador do Censo Agro afirma que dados precisam ser coletados, porém não vai alterar em grandes proporções no primeiro resultado. “Ainda vamos coletar alguns dados em municípios e setores que ainda não foram alcançados, como parte da região do Pantanal por exemplo, mas pretendemos colher tudo até setembro deste ano”, finalizou.