Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou queda de 0,5% na Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de maio para junho deste ano, O recuo levou o indicador a 86,7 pontos em uma escala de zero a 200 pontos.
Há 38 meses, o indicador está abaixo do patamar dos 100 pontos, o que demonstra insatisfação persistente das famílias em relação às condições de consumo. Na comparação com junho de 2017, no entanto, foi registrada uma alta de 12,4%.
Segundo o economista da CNC Antonio Everton Chaves Junior, as perspectivas de consumo das famílias foram afetadas pelas “perturbações na economia com a greve dos caminhoneiros, a escassez na distribuição de produtos e a disparada do dólar”.
Na comparação com maio deste ano, houve quedas em cinco dos sete componentes do indicador, com destaque para a perspectiva de consumo (2,5%) e para o momento ser considerado adequado para a compra de bens duráveis (1,1%). Apenas dois componentes tiveram alta: as avaliações sobre o emprego atual (0,5%) e sobre a renda atual (0,2%).
Por outro lado, na comparação com junho do ano passado, todos os componentes tiveram alta, em especial perspectiva de consumo (20,5%) e nível de consumo atual (19,9%).