Dourados lidera o ranking de violência no Estado entre as cidades com maior índice populacional em Mato Grosso do Sul. A taxa de homicídios no município é de 31,6 a cada 100 mil habitantes.
Os dados são do Atlas da Violência divulgado nesta sexta-feira (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que reúne os números de homicídios registrados nos municípios brasileiros com população superior a 100 mil habitantes.
Em MS, além de Dourados, os dados foram colhidos em Campo Grande, Três Lagoas e Corumbá.
Na Capital, o índice de homicídio é de 29,7 seguido de Três Lagoas com taxa de 27,7 e Corumbá com 22,9 mortes violentas a cada 100 mil habitantes.
COMPARAÇÃO
Algo que chama atenção é que os dados apontados em Dourados são superiores a outras quatro capitais brasileiras. Confira abaixo:
• São Paulo (SP): taxa de 14,9 homicídios a cada 100 mil habitantes
• Florianópolis (SC): taxa de 18 homicídios a cada 100 mil habitantes
• Vitória (ES): taxa de 23,1 homicídios a cada 100 mil habitantes
• Brasília (DF): taxa de 27,9 homicídios a cada 100 mil habitantes
CONCENTRAÇÃO
De acordo com o levantamento, a violência no Brasil se concentra em algumas áreas específicas, ressaltando a importância de intervenções em determinados pontos do País.
“Ainda que uma política de segurança pública tenha como característica principal a universalidade, o planejamento para a prevenção e o controle do crime deve levar em conta a focalização territorial, ou uma maior ênfase de determinadas ações em alguns territórios, tendo em vista que a prevalência do fenômeno criminal ocorre de forma concentrada”, afirma o relatório.
Em 2016, Dourados fazia parte das cidades que concentravam 75% dos homicídios no País.
Em MS foram analisados outros quatro municípios, sendo Campo Grande, Corumbá, Ponta Porã e Três Lagoas.
CONCLUSÃO
O estudo conclui que, levando em consideração a concentração da violência, “fica claro que com planejamento e políticas focalizadas territorialmente é possível mudar a realidade dessas comunidades e bairros, com grande impacto nas condições de segurança pública das cidades e mesmo do país”.
Além disso, diante das diferenças de condições de desenvolvimento humano nos municípios mais e menos violentos, é possível ressaltar “a importância de investir em nossas crianças hoje para que elas não sejam os bandidos de amanhã”.