As paralizações e manifestos contra os altos tributos aplicados pelo Governo Federal, demonstraram a insatisfação de vários segmentos dos setores produtivo e de serviços. Em Mato Grosso do Sul, a união das associações comerciais levou às ruas, não só apoio aos caminhoneiros – primeiros no levante, mas mostrou que o segmento empresarial também precisa de atenção.
Após o movimento empresarial, que contou com apoio da FAEMS (Federação das Associações Empresariais de MS), presidentes das ACE’s (Associações Comerciais e Empresariais), aliados à Federação, desenvolveram um questionário destinado aos empresários de seus respectivos municípios, com o objetivo de, munidos das informações, elaborarem a Carta do Comércio, com as reivindicações e, principalmente as principais dificuldades do setor. “A carta será encaminhada ao governo do Estado, para a busca de medidas que eficientes para fomentar o desenvolvimento setorial com menor tributação, problema que impacta não só o empresário, mas toda população”, argumenta o presidente da FAEMS, Alfredo Zamlutti Júnior.
Segundo a pesquisa, 57,7% da população que aderiu ao manifesto atuava no comércio; 27,6% no setor de serviços e os demais segmentos, em proporção menor foram indústria, agricultura, pecuária, agronegócio, autônomo e agroindústria.
Perguntados se a paralisação dos caminhoneiros afetou ou gerou algum problema ao seu negócio, 82,8% respondeu que sim, contra 17,2% que disse não sentir nenhuma interferência da ação.
Mesmo diante do cenário, 91,4% dos comerciantes disseram apoiar a paralisação dos caminhoneiros e apenas 8,6% se posicionou contrário.
A pesquisa será anexada junto às reivindicações, compondo assim a Carta Comércio.