A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Mato Grosso do Sul não crava que a greve dos caminhoneiros acabou. De acordo com a corporação, a paralisação iniciada há dez dias "arrefeceu".
"O movimento arrefeceu bastante, mas ainda estamos em alerta. A greve foi desmobilizada em termos", disse o inspetor da PRF, Tércio Baggio, no início da tarde desta quarta-feira (30/05), em coletiva em frente ao Posto Caravágio, no km 477 da BR-163, em Campo Grande.
O local, segundo Baggio, chegou a reunir 300 caminhoneiros durante a manifestação. Nesta tarde, o fluxo de caminhões deixando o pátio era intenso.
O inspetor aponta que existem "agitadores" entre os grevistas que mantêm acampamento nas margens das rodovias federais que cortam o Estado. A PRF contabiliza três focos ainda problemáticos.
"Ainda temos problemas com bloqueio na BR-267, em Nova Alvorada do Sul e Maracaju, e na BR-463, próximo a Ponta Porã".
Baggio relata que não houve problemas para dispersar os manifestantes nos pontos de concentração da Capital. Além da PRF, as Forças Armadas ajudaram nas ações.
O inspetor afirma que cerca de 100 escoltas de caminhões foram realizadas durante a greve. Uma delas, com cerca de 40 veículos, foi apedrejada na saída para São Paulo, em Campo Grande. Conforme Baggio, o caso foi isolado.
FERIADO
O retorno da maioria dos caminhoneiros às estradas promete intensificar o movimento nas estradas de Mato Grosso do Sul durante o feriado prolongado de Corpus Christi.
"Quem for viajar deve encontrar muitos caminhões nas rodovias, um movimento bem intenso. A atenção deve ser redobrada".