Mato Grosso do Sul já deixou de receber R$ 178 milhões referentes ao Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por conta da paralisação dos caminhoneiros e a folha de pagamento dos servidores estaduais do mês de maio pode ser impactada, segundo informou hoje o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Azambuja se reuniu hoje com representantes dos setores produtivo e de transportes - Foto: Renata Volpe Haddad / Correio do Estado |
Conforme Azambuja afirmou, além dos valores que deixaram de ser arrecadados, o setor industrial contabiliza perda de R$ 100 milhões por dia e o agronegócio de R$ 80 milhões, já que indústrias, frigoríficos e várias atividades da pecuária e agricultura tiveram que ser suspensas por dificuldades de produção.
Ainda segundo informações do Governo, o Estado já tem 10 milhões de aves e mais 300 mil suínos prontos para abates passando fome nas granjas. Os prejuízos somam mais de R$ 1 bilhão já computados oficialmente.
Com tantos débitos, o governador admitiu que existe uma preocupação em relação à folha de pagamento do mês de maio. Os servidores poderiam ser afetados pela crise.
“Tem uma preocupação. Tanto que eu já falei com os poderes constituintes para que apertem o cinto, porque estamos em um momento de turbulência. Quanto mais demorar pra reestabelecer o ir e vir de mercadorias, mais difícil fica [pagar a folha], porque MS sobrevive de ICMS”, declarou Azambuja.