Caminhoneiros seguem com manifestações nesta segunda-feira (28/05) em Mato Grosso do Sul, mesmo com novas medidas anunciadas pelo governo federal na noite de domingo (27/05). Os manifestantes estão fora das pistas, às margens das rodovias e não obrigam a parada de colegas. Cargas vivas e com medicamentos seguem viajem normalmente. É o 8º dia de greve.
Osni Bellinatti, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de MS, entidade com 19 mil associados disse que há orientação da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos pelo fim da greve. Essa orientação foi passada aos autônomos.
Ainda segundo Bellinatti, apenas 10% dos representados pelo sindicato estão em bloqueios e 90% estão parados nas casas deles, fazendo apenas pequenos fretes e mudanças.
Gilmar Ribeiro da Silva, do departamento jurídico do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte de Cargas, falou que a entidade não participe de qualquer decisão e que a continuidade ou não do movimento é uma decisão exclusiva dos caminhoneiros.
Confira os principais reflexos da greve em MS
Transporte
A semana começa em Campo Grande com redução de 15% da frota convencional, o que significam 25 ônibus a menos pelas ruas de Campo Grande, de acordo com a concessionária do transporte coletivo - Consórcio Guaicurus. Não haverá circulação dos 23 ônibus executivos e articulados somente percorrem o trajeto até às 8h30 (de MS).
Combustíveis
A corrida aos postos de combustíveis começou na tarde de quarta-feira (23). Na sexta-feira (25) à noite eram poucos os estabelecimentos com gasolina, etanol e óleo diesel. Filas e mais filas nos locais onde ainda havia os produtos.
No sábado (26), carretas com combustíveis começaram a sair das distribuidoras para os postos da capital. Mais uma vez, filas. No domingo (27), muitos estabelecimentos da capital e do interior e receberam combustíveis e, em alguns, fila.
Segundo o gerente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes (Sinpetro-MS), Edson Lazaroto, o reabastecimento dos estabelecimentos garante a normalidade até terça-feira (29).
Aulas e alimentos
Universidades públicas e particulares de Campo Grande e do interior suspenderam aulas. Dos 50 a 60 caminhões previstos para o Ceasa na manhã desta segunda-feira, havia somente 10. Há falta de muitos produtos e outros estão com preços nas alturas.