O número de bloqueio nas rodovias de Mato Grosso do Sul só aumenta. Caminhoneiros em greve já interditaram 41 pontos nas estradas federais e estaduais. Só nas BRs são 30 trechos fechados, conforme a PRF (Polícia Rodoviária Federal).
A maior parte dos bloqueios nas rodovias federais está na região do Bolsão – são 9 pontos, no total. Em Campo Grande e região são 8 trechos bloqueados e na Grande Dourados, outros 4 locais.
Confira na tabela:
Já nas rodovias estaduais são 11 pontos de bloqueio:
Transtornos - A greve chegou nesta quinta-feira (24) ao 4º dia consecutivo e o protesto contra o aumento dos combustíveis, principalmente o diesel, já provoca transtornos em vários setores.
Já faltam combustíveis em postos de gasolina e clientes fazem fila nos que ainda estão com as bombas funcionando.
O Corpo de Bombeiro também já enfrenta dificuldade para abastecer as viaturas e o Consórcio Guaicurus, que opera o transporte coletivo em Campo Grande, negocia com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) o racionamento nas linhas para economizar diesel, uma vez que tem estoque do combustível para apenas 5 dias.
Produtos como a laranja e da batata estão acabando na Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), fora que o preço de legumes e verduras sobe a cada dia.
Os Correios também já admitiram problemas para entregar encomendas e correspondências.
Manifestação - O protesto não impede a passagem de carros de passeio, ônibus e ambulâncias. Apenas motoristas de caminhões e carretas são “estimulados” a parar. A cada dia aumenta os pontos de interdição no Estado.
A reportagem apurou que cargas com perecíveis também estão sendo impedidas de passar pelos bloqueios, mas que a carretas com animais estão sendo liberadas.
Os caminhoneiros querem a redução da carga tributária sobre o diesel. Reivindicam a zeragem da alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. A carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.