As duas Coreias se comprometeram, nesta sexta-feira (27/04), a cooperar para estabelecer uma "paz permanente" na península e abrir conversas com os Estados Unidos, com o objetivo de assinar um tratado de paz definitivo que substitua as hostilidades entre Pyongyang e Seul.
"O Norte e o Sul vão cooperar ativamente para estabelecer um sistema de paz permanente e estável na Península Coreana", diz a declaração conjunta assinada pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, ao final da histórica cúpula realizada hoje na fronteira militarizada.
Kim Jong-un afirmou que se esforçará para cumprir "o que está escrito na declaração" conjunta, onde os dois países concordaram em buscar a desnuclearização.
"Moon e eu nos esforçaremos para conseguir a paz na península e para cumprir o escrito na declaração", disse Kim, que não mencionou, no entanto, o termo "desnuclearização" ou o programa norte-coreano de armas atômicas em seu discurso no fim do encontro.
O presidente sul-coreano anunciou uma visita a Pyongyang, a capital norte-coreana, no próximo outono, para manter a fase de aproximação aberta entre os dois países, tecnicamente ainda em guerra.
A declaração conjunta informa que "o presidente Moon Jae-in decidiu visitar Pyongyang neste outono", o que o transformaria no terceiro presidente do Sul a visitar a capital norte-coreana após Kim Dae-jung e Roh Moo-hyun em 2000 e 2007, respectivamente.