Campo Grande fechou o mês de março com deflação de -0,35%, apresentando a menor taxa dentre as regiões pesquisadas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no País, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, a Capital sul-mato-grossense havia registrado inflação de 0,20%. De acordo com o instituto, a queda foi impulsionada pela energia elétrica, que recuou 4,52% no período, pela redução de preços das carnes (-2,06%) e da gasolina (-1,50%). Com o resultado, a taxa acumulada de inflação em Campo Grande está em -0,05% no ano, enquanto nos últimos 12 meses o índice é de 1,11%.
Dentre os nove grupos e serviços pesquisados pelo IBGE, cinco apresentaram deflação em março na Capital. As principais contribuições para a baixa foram observadas em habitação (-1,40%), motivada pela queda na tarifa da energia elétrica residencial (-4,52%), seguida do grupo vestuário, com recuo de 0,71%, que teve no item calçados e acessórios a principal influência individual (-1,39%).
Para o grupo alimentação e bebidas, a queda constatada foi de 0,63% e além das carnes, com redução de 2,06%, outros itens também apresentaram reduções expressivas, como hortaliças e verduras (-5,07%); tubérculos, raízes e legumes (3,78%) e açúcares e derivados (4%).
Em Transportes, outro grupo a apresentar recuo (-0,13%), contribuiu para segurar o índice a queda de 1,04% nos combustíveis; já o grupo comunicação apresentou redução de 0,32%.
Dentre as altas, o grupo educação foi o responsável pelo maior índice (0,46%), em função do aumento de preços em papelaria (2,79%). Saúde e cuidados pessoais, apresentou 0,31% de aumento — em decorrência de aumentos em produtos óticos (+1,67%) e serviços médicos e dentários (1,36%) — , enquanto para despesas pessoais, a alta foi de 0,23%, em decorrência do item recreação, que aumentou 0,42% no período.
Nacional
No País, conforme os dados do IBGE, o IPCA de março variou 0,09%, bem abaixo do resultado de fevereiro (0,32%). O acumulado no ano foi de 0,70%. Tanto a variação mensal quanto o acumulado no ano representaram o menor nível para um mês de março desde a implantação do Plano Real. O acumulado dos últimos doze meses caiu para 2,68%, depois de registrar 2,84% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2017, o IPCA havia atingido 0,25%.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, transportes (-0,25%) e comunicação (-0,33%) apresentaram deflação em março, motivados, respectivamente pela queda nas passagens aéreas e redução nas tarifas das ligações locais e interurbanas, de fixo para móvel.
Já os demais grupos vieram com alta variando de 0,05% a 0,48%, sendo saúde e cuidados pessoais o responsável pela maior variação do mês, aém da maior contribuição (0,06 p.p.). Nesse grupo, o destaque foi o item plano de saúde (1,06%), responsável pelo segundo maior impacto individual no mês (0,04 p.p.).
Já o maior impacto individual veio das frutas (5,32% e 0,05 p.p.), do grupo alimentação e bebidas que, após cair 0,33% em fevereiro, teve alta (0,07%) em março.
Os índices regionais mais elevados foram os das regiões metropolitanas de Fortaleza e Belo Horizonte, ambos com alta de 0,23%.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.