Apesar de fazer fronteira com dois países, Mato Grosso do Sul é um dos estados mais seguros para se viver. É o que mostra novo levantamento feito pelo G1 com dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
Em 2017, o Estado teve 669 mortes violentas, ou 24,7 para cada 100 mil habitantes – índice bem abaixo da média nacional, que ficou em 34,33%.
O “Monitor da Violência“, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, usou dados da Lei de Acesso à Informação seguindo o padrão metodológico utilizado pelo fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Mato Grosso do Sul ficou na oitava posição entre os mais seguros do país, atrás de São Paulo, Santa Catarina, Distrito Federal, Tocantins, Minas Gerais, Piauí e Paraná. Considerando os dados de 2018, o desempenho de Mato Grosso do Sul foi ainda melhor, ficando na 7ª posição.
Esse resultado é fruto da ação das policiais estaduais na prevenção e repreensão ao tráfico e crimes relacionados e ao programa de investimentos “MS Mais Seguro”, do Governo do Estado, que já aplicou mais de R$ 115 milhões em viaturas, armamentos, munições, equipamentos de proteção pessoal, convocação de efetivo e reestruturação da segurança pública em todas as cidades.
Lançado em julho de 2016, o pacote de investimentos entregou a maior frota de viaturas já destinada às forças policiais do Estado. Nenhum município do Estado ficou sem receber veículo.
Fronteira
A situação de Mato Grosso do Sul poderia ser ainda melhor se houvesse uma maior presença das polícias Federal e Rodoviária Federal. O governador Reinaldo Azambuja tem defendido reiteradamente uma atuação efetiva do Governo Federal nas fronteiras para impedir o tráfico de drogas e armas que alimentam a violência nos grandes centros urbanos.
“O Brasil fica enxugando gelo. Não adianta ficar apenas ali no Rio de Janeiro, sendo que a porta de entrada das drogas no país são as fronteiras com Bolívia e Paraguai”, afirmou o governador. Mato Grosso do Sul possui 1.517 quilômetros com esses dois países, incluindo 549 quilômetros de fronteira seca.