A cada nove dias, um trabalhador morreu vítima de acidente em Mato Grosso do Sul no ano passado. O dado, divulgado nesta segunda-feira (5), é do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, desenvolvido pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) e a OIT (Organização Internacional do Trabalho). Afastamentos custaram R$ 18,6 milhões.
O observatório compila dados de vários órgãos públicos para monitorar e avaliar iniciativas de prevenção aos acidentes e doenças no trabalho. Já foram registrados nesse ano 8.098 CAT's (Comunicações por Acidentes de Trabalho) e 3.641 afastamentos previdenciários no Estado, além da notificação de 38 mortes até o momento.
Entre os setores econômicos com mais afastamentos estão o de abate, transporte rodoviário de cargas, comércio varejista, construção de edifícios e a administração pública. Os motivos, por sua vez, incluem a fratura de punho ou mão, perna (incluindo tornozelo), dor nas costas, fratura do antebraço, do pé, ombro e braço, dentre outros.
Histórico - Ao se comparar dados sobre afastamentos previdenciários, entre 2012 e 2017, Mato Grosso do Sul teve registrados 27.716auxílios-doença por acidente do trabalho. Isso resultou em gastos de R$ 233.182.888,36 e perda de 5.472.378 dias de trabalho.
No país, a Previdência Social gastou no mesmo período valor superior a R$ 27 bilhões com o pagamento de auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, auxílios-acidente e pensões por morte de trabalhadores. Com base em cálculos da OIT, o Brasil perde anualmente 4% de seu PIB (Produto Interno Bruto) em decorrência de falhas quanto a segurança do trabalho.
Arte: Cristiano Lemos |