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DOMINGO, 24 DE NOVEMBRO DE 2024
06 de MARÇO de 2018 | Fonte: Notícias MS

Exportações de celulose crescem 70% em 2018 e elevam balança comercial de MS

A celulose foi o produto mais exportado nos dois primeiros meses de 2018 (Foto: Divulgação)

Entre janeiro e fevereiro de 2018, a balança comercial de Mato Grosso do Sul teve superavit de US$ 257 milhões, com exportações em US$ 663 milhões e importações que somam US$ 405 milhões. No mesmo período do ano passado o saldo foi de US$ 251 milhões, o que mostra um bom desempenho do mercado externo estadual.

 

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e compilados pela equipe econômica da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

 

A celulose foi o produto mais exportado nos dois primeiros meses de 2018, com 41% de participação na balança comercial estadual e crescimento de 70,96% em relação ao mesmo período de 2017. O faturamento deste ano chegou a US$ 272 milhões por 656 mil toneladas vendidas ao mercado externo.

 

Titular da Semagro, Jaime Verruck, afirma que a celulose mudou de patamar com a inauguração da segunda fábrica da Fibria no fim do ano passado. “Vemos o impacto significativo de uma nova indústria para o desenvolvimento. Por ser um produto com valor agregado, o faturamento aumenta e gera mais receita ao Estado, ainda com a tendência de estabilidade no volume”.

 

A carne bovina ampliou em 24,97% sua participação na balança comercial, chegando a 16,45% entre janeiro e fevereiro deste ano. O volume de 28 mil toneladas cresceu 17,31% quando comparado ao ano passado e o faturamento neste ano chegou a US$ 109 milhões.

 

A soja reduziu em 45% sua participação nas vendas, caindo de 19,73% o início de 2017 para 9,35 no mesmo período de 2018. Em contrapartida, a participação do milho em grão na pauta exportadora subiu 291%, passando de 1,34% para 4,58%, enquanto o faturamento chegou a US$ 30 milhões neste ano.

 

Boa notícia também sobre o minério de ferro, que reverteu a queda nas exportações de 2016 e teve alta de 94,28% entre janeiro e fevereiro de 2018. O volume exportado somou 674 mil toneladas, o que representa aumento de 43,28% em relação aos anos anteriores, enquanto o faturamento deste ano somou US$ 26 milhões.

 

O secretário Jaime Verruck destaca que apesar do bom momento do minério, as restrições recentes impostas pelos Estados Unidos preocupam o setor. “Nós estamos perdendo competitividade e precisamos analisar o mercado para ver como vai se comportar nos próximos meses”. Sobre os grãos, o secretário ressalta que o milho está cada vez mais inserido na balança comercial estadual, enquanto a soja, apesar de atrasada, tem chances de conseguir preços melhores.

 

A compra de produtos internacionais cresceu 23% nos dois primeiros meses de 2018 quando comparado a 2017. O gás natural continua como o item mais importado, com mais de 51% do total e aumento de 77% em relação ao ano passado, chegando ao faturamento US$ 209 milhões. Tecidos, produtos de metalurgia e carnes de bovinos são outros dos produtos importados.

 

Destino

A China se mantém como o principal comprador de produtos sul-mato-grossenses, com aumento de 22% na participação de janeiro e fevereiro de 2017 para o mesmo período de 2018. Mas o destaque fica a cargo do Uruguai, que comprou o equivalente a US$ 25 milhões os primeiros dois meses do ano, com crescimento de 2.181% na compra.

 

Ainda de acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Irã (87%), Chile (65%), Hong Kong (51%) e Estados Unidos (30%) também elevaram consideravelmente a compra de produtos de Mato Grosso do Sul neste início de 2018.

Para o titular da Semagro, o crescimento das vendas ao Uruguai se dá devido ao deslocamento do destino do minério de ferro, antes consumido pela Argentina.

 

Por causa da celulose, Três Lagoas é o município do Estado que mais exporta e teve aumento de 78% nas vendas deste início do ano. Campo Grande aparece como o segundo com maior potencial exportador e Corumbá o terceiro.



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