Em um ano, preço do gás de cozinha alcançou R$ 73,82 em Mato Grosso do Sul e subiu cinco vezes mais que a inflação oficial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de consumir quase 8% do salário mínimo do trabalhador no mês. É o que apontam dados do levantamento de preços mensais da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com base na primeira semana deste mês e dezembro de 2016, comparado com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta semana.
De acordo com os números da ANP, no intervalo de 12 meses o preço médio do botijão de GLP (gás liquefeito de petróleo) no Estado teve alta de 14,54%, saltando de R$ 64,45 para R$ 73,82.
Em termos de impacto sobre o rendimento, um ano atrás o consumidor pagava o equivalente a 7,32% do salário mínimo então vigente (de R$ 880,00) para comprar um botijão por mês; neste ano, o percentual passou para 7,87%.
Na Capital, a alta sobre o gás de cozinha foi menor, mesmo assim os campo-grandenses também tiveram impacto no orçamento doméstico, de 9,64%: o botijão passou de R$ 66,40 para R$ 72,80.