O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou nesta quarta-feira (4) a Las Vegas para se encontrar com sobreviventes do maior ataque a tiros da história dos Estados Unidos. Um atirador matou 58 pessoas e deixou mais de 500 feridas durante um festival de música country no domingo (2).
"Este é um dia muito triste para mim, pessoalmente", disse hoje Trump em declarações à imprensa quando deixava a Casa Branca, em Washington.
Acompanhado da primeira-dama, Melania, o presidente deve visitar um hospital para conversar com vítimas e médicos que trabalharam no atendimento às vítimas. A agenda prevê ainda um encontro com o que a Casa Branca chama de "heróis civis" e os primeiros a chegar ao local do ataque para ajudar a socorrer as vítimas.
O chefe de Estado americano classificou o massacre como "ato de pura maldade" no primeiro pronunciamento que fez após um atirador atingir a multidão. Nesse primeiro discurso, Trump não fez nenhuma referência a um aumento no controle na venda de armas. Desde a campanha eleitoral de 2016, ele está alinhado com a postura da Associação Nacional de Rifles (NRA).
Ataque
Stephen Paddock, de 64 anos, hospedou-se no 32º andar do Mandalay Bay, famoso resort e cassino de Las Vegas, de onde tinha uma vista privilegiada para as 22 mil pessoas que participavam do Route 91 Harvest Festival.
Fortemente armado, ele teria disparado durante cerca de 9 minutos. Centenas de vídeos feitos pelas pessoas que estavam no local e por câmeras de monitoramento estão sendo analisadas pelos investigadores. O atirador também instalou câmeras no corredor do hotel, possivelmente para conseguir acompanhar a aproximação de policiais na hora do ataque.
Em uma entrevista coletiva na noite desta terça (3), o número de vítimas fatais foi revisado, e a polícia explicou que a morte de Paddock foi contada como a 59ª. Portanto, o número anteriormente divulgado, de 59 vítimas, foi reduzido para 58.