Fiems, Fecomércio, Governo e Consulado criam Câmara de Comércio e Indústria MS-Argentina

Fiems, Fecomércio-MS, Governo do Estado e o Consulado Argentino constituíram, nesta quarta-feira (26/07), a Câmara de Comércio e Indústria Mato grosso do Sul e Argentina. O termo de criação foi assinado em reunião no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), e tem como eixos principais a facilitação de negócios entre o Estado e o país do Mercosul, estimular o network entre empresários de ambos territórios, colaborar com as relações econômicas e favorecer o desenvolvimento de pequenas e médias empresas.

Após a formalização do instrumento, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, falou sobre a importância da aproximação do setor empresarial sul-mato-grossense e argentino e os reflexos que a Câmara trará para a economia do Estado. “É este o sentido da atuação da Fiems, abrir oportunidades para as empresas do nosso Estado que queiram importar ou exportar para a Argentina. Com certeza, a criação da Câmara de Comércio e Indústria facilitará esta aproximação com o país vizinho e viabilizará múltiplas ações”, disse.

Ele lembra, ainda, que o Consulado propôs à Fiems e Fecomércio a constituição do canal institucional em razão do reconhecimento do mercado brasileiro como um parceiro estratégico. “O Brasil tem evoluído muito nas relações com a Argentina e o novo governo tem demonstrado que precisa e quer avançar nas relações comerciais bilaterais com o Brasil”, acrescentou.

Termo de criação foi assinado em reunião no Edifício Casa da Indústria (Foto: Divulgação/Fiems)

O governador Reinaldo Azambuja avaliou que a formalização da parceria vai desburocratizar o processo de exportações. “Hoje já temos um canal aberto de exportações, via Porto Murtinho, que tem filas de carretas com produtos brasileiros, milho, soja, açúcar, e estão indo para o mercado Argentino. E essa criação da Câmara, primeiramente, vai desburocratizar esse processo, além de facilitar a abertura de novos mercados. Essa parceria entre indústria, comércio e a criação dessa Câmara com certeza vai alavancar a abertura de muitos negócios”, considerou.

Cônsul-geral da República Argentina, Luis Ariel Castillio reiterou que governo do presidente Mauricio Macri está empenhado em reapresentar o país ao mundo. “A Argentina tem uma relação estratégica muito especial com o Brasil, mas essa relação ficou restrita a algumas cidades. Mato Grosso do Sul é um Estado muito importante e nós queremos recuperar, restabelecer a confiança que tivemos por muitos anos entre a comunidade de negócios do Estado e a Argentina”, declarou.

Presidente da Fiems, Sérgio Longen, assina ao lado do Governador Reinaldo o termo de criação da Câmara de Comércio e Indústria MS-Argentina (Foto: Divulgação/Fiems)

Vice-presidente da Fecomércio-MS, José Alcides dos Santos, que representou o presidente Édison Araújo, considerou a criação da Câmara uma grande oportunidade de negócios para o empresário sul-mato-grossense, especialmente em razão da logística privilegiada do estado em relação ao mercosul. “Temos o porto de Murtinho, que dá acesso aos países do Sul da América do Sul, pelo rio Paraguai, e isso vem para facilitar as nossas negociações. Temos muitos produtos que exportamos, e que podemos importar também, principalmente no segmento de alimentação, que é o forte da argentina. Faltava apenas estreitar esses laços”, completou.

Diretor-corporativo da Fiems, Claudio Jacinto Alves, que, acompanhado da gerente do CIN (Centro Internacional de Negócios) da Fiems, Fernanda Barbeta, participou das negociações iniciais para criação da Câmara, analisa que haverá uma facilitação na cooperação bilateral entre Mato Grosso do Sul e o país. “É preciso haver uma via de mão dupla, porque assim como outros Estados criaram o instrumento junto à Argentina, Mato Grosso do Sul deverá exportar para o país vizinho, assim como eles querem exportar para cá”, disse.

Fernanda Barbeta, por sua vez, concluiu que a localização da Argentina favorece o empresário sul-mato-grossense. “Sempre que somos procurados por empresários interessados em começar a exportar indicamos a Argentina como um país estratégico, em razão da logística, da língua, fatores que favorecem”, exemplificou.