Gigante mundial no ramo alimentício, a JBS começa a dar sinais de enfraquecimento e anuncia pacote de desinvestimentos.
Desde que vieram à tona as delações dos irmãos Joesley e Wesley Batista, há um mês, o valor de mercado do grupo teria recuado em torno de 32%, para R$ 17 bilhões – em 2014, o valor chegou a R$ 34,5 bilhões –, de acordo com levantamento da Economática. Paralelamente, aumentou a resistência contra o grupo, seja de bancos, empresas, pecuaristas e até consumidores.
No mês passado, por exemplo, a empresa anunciou pagamento do gado somente a prazo. Em resposta, pecuaristas lançaram campanha para venda do gado à vista, uma vez que estariam com dificuldade de recebimento da Nota Promissória Rural (NPR) pelos bancos.
Além disso, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o Itaú Unibanco ameaça deixar as negociações com a JBS e comprar antecipadamente cerca de R$ 1 bilhão que tem a receber. Outros grandes credores, como Banco do Brasil e Caixa Econômica, podem seguir os passos do maior banco privado do País. O banco nega este endurecimento das negociações com a companhia.
Ontem (20), a JBS anunciou venda de parte dos ativos, ação que pode chegar a R$ 6 bilhões.