Queria abraçar cada doador de sangue, diz mãe de MS que perdeu filho para leucemia

Wilmara Rios perdeu o filho Renan, 27 anos, para a leucemia no dia 14 de fevereiro deste ano. Com saudade e dor, ela gostaria de agradecer as 300 pessoas, muitas desconhecidas, que se mobilizaram para doar sangue e esperança à família.

“Eu queria abraçar cada doador, por ter me dado cada dia a mais com o meu filho. Por várias vezes levei meu filho ao hospital completamente debilitado. Chegava, recebia duas bolsas e saíamos de lá com ele restabelecido. Não curado, mas sem condições de continuar o tratamento em casa”, lembra Wilmara.

A publicitária ainda está aprendendo a viver sem o filho. “Ele teve leucemia e ficou exatamente um ano e dez dias com a leucemia. A gente teve tanto amor de um momento, que poderia ter sido de luta. A pessoa chegava espontaneamente, sem nada em troca. Eu gostaria de pegar cada doador e abraçar cada um deles", disse .

A lista de doadores do Renam tem quase 300 pessoas, toda semana, quando surgiam novos nomes: mãe e filho faziam orações para quem fez cada uma das doações.

"O Renam foi embora, mas essas pessoas que doaram sangue para ele, o que elas fizeram, elas deram um dia a mais para mim, para a Maria Paula, namorada dele, elas deram um sorriso a mais para o Renam", disse a mãe Wilmara Rios

“O Renan precisava de sangue todos os dias principalmente nesse último período, que ele ficou internado. Na hora que ele recebia bolsa de sangue, que terminava, ele estava conversando, ele estava alegre. Ele chegava aqui em casa, ele subia escada. Ele saia daqui de cadeira de rodas. Eu queria que essas pessoas que doam sangue soubessem disso”, contou Wilmara.

Por ironia do destino, a própria Wilmara não pode ser doadora, não tem peso mínimo para isso, mas agora está no cadastro de doadores de medula.

“Ele tinha o sorriso lindo. Espero que todos se sintam abraçados. Eu só tenho gratidão, por todos”, disse a mãe.