Depois de mais um escândalo envolvendo a companhia JBS, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, saiu em defesa dos pequenos frigoríficos.
De acordo com Maggi, o Mapa deu início a um levantamento para identificar quantas e onde estão as plantas fechadas em todo o País e, com base nesses dados, tentar estimular outros grupos a entrarem no mercado.
No seminário “A Força do Campo”, realizado em Cuiabá (MT), na semana passada, o ministro anunciou que busca alternativas para “tentar convencer” bancos oficiais como o próprio Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar novos players.
Conforme ele, o comportamento do banco em relação à companhia dos irmãos Wesley e Joesley Batista ajudou a gerar essa concentração do mercado nas mãos do grupo e o desaparecimento de outras empresas.
Segundo investigações da operação Lava Jato, de 2007 a 2011, o BNDES desembolsou R$ 8,1 bilhões para a JBS.
O prejuízo estimado para o banco é de R$ 1,2 bilhão, aproximadamente. “Foi um erro do passado, quando o BNDES praticamente deu dinheiro para extinguir com os pequenos em detrimento de um ou dois grandes. Foi um erro e estamos pagando um preço gigante por ele agora”, disparou.
O grupo é responsável pelas sete maiores plantas frigoríficas, das 30 existentes no Estado, e corresponde a quase 50% da capacidade de abates.
No primeiro quadrimestre do ano, o Estado havia abatido 1,012 milhão de cabeças. Deste total, 443,422 mil foram abatidos nas unidades do grupo.Esse volume era ainda maior, mas em fevereiro deste ano a JBS fechou a planta de Coxim.