Torre de transmissão da Eletrosul caiu com a tempestade e bloqueou o transito na BR-262, entre Água Clara e Três Lagoas (Foto: PRF/Divulgação) |
Os ventos registrados durante a tempestade que derrubaram 18 torres de transmissão de energia, na quarta-feira (17), em Mato Grosso do Sul, passaram dos 118 quilômetros por hora, segundo a meteorologia. Quatro estruturas caíram sobre a pista da BR-262, provocando, no momento do incidente, a interrupção total do trânsito entre os municípios de Água Clara e Três Lagoas.
O meteorologista Natálio Abrão explica o que causou a tempestade. “Estamos com variação muito forte de temperatura aqui no estado e normalmente embaixo das nuvens de trovoadas nós temos diferença de temperatura entre o chão e o ar. O ar quente sobe por fora, gera uma diferença de temperatura dentro da nuvem e desaba com uma força muito grande em direção ao solo”.
O meteorologista conclui: “Então o ar quente por fora e o ar frio por dentro gera o que nós chamamos de tempestade ou tornados. Se afirmar que foi tornado nós temos que ter uma característica visual, temos que enxergar ou fotografar o fenômeno. Com relação aos ventos, essa diferença de temperatura, pela análise das imagens que nós temos o vento ultrapassou os 118 quilômetros por hora durante três minutos”.
O estrago ocorrido no leste do estado pode se repetir em outras regiões. “Os ventos de rajadas são altamente destrutivos a partir de 60 quilômetros por hora e a partir de 75 quilômetros ele atinge as bases estruturais. Ele pode destruir casa, arrancar árvore. No caso alí, as torres foram forçadas pelo cabeamento, uma forçou a derrubada da outra. Agora é o período que essas varições podem ocorrer em qualquer parte do país” afirma Abrão.