As Forças militares dos Estados Unidos lançaram nesta quinta-feira, dia 06 de abril, dezenas de mísseis de cruzeiro contra um aeroporto na Síria, o que representa o primeiro ataque direto norte-americano contra o governo do presidente Bashar al Assad desde que começou a guerra civil nesse país, informaram vários veículos de comunicação.
O ataque dos EUA acontece depois de um bombardeio com armas químicas na terça-feira em uma cidade ao norte da síria, no qual morreram mais de 80 pessoas.
Dezenas de mísseis Tomahawk foram disparados contra a base aérea de Shayrat, na cidade síria de Homs, da qual o governo americano acredita que partiram as aeronaves que executaram os ataques aéreos de terça-feira, segundo apontaram fontes militares.
O governo de Donald Trump tomou medidas de forma unilateral contra o governo sírio, ao qual acusa pelo uso de armas químicas, apesar das conversas que ainda estão sendo realizadas no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Minutos antes da ofensiva americana, a Rússia advertiu os Estados Unidos das "consequências negativas" de uma ação militar na Síria em resposta ao ataque químico.
"É preciso pensar nas consequências negativas. Toda a responsabilidade, se há uma ação militar, estará sobre os ombros daqueles que a iniciarem", disse aos jornalistas o embaixador russo na ONU, Vladimir Safronkov.
Nas Nações Unidas, os membros do Conselho de Segurança seguem negociando uma resolução em resposta ao ataque químico, mas até agora se mostraram muito divididos.
A representante americana no órgão, Nikki Haley, já tinha advertido durante o dia de ontem que seu país poderia tomar algum tipo de medida unilateral se o bloqueio na ONU persistisse.
Esta é a primeira ordem militar de Trump para fazer uso da força desde que chegou à Casa Branca, já que outras operações na Síria, Iêmen e Iraque foram realizadas sob autorização delegada a seus comandantes.