O bebê Yago, que nasceu prematuramente com seis meses de gestação, após a mãe dele ser mantida dois meses por aparelhos, já que tinha morte cerebral constatada, segue internado na Santa Casa e o estado dele é grave.
De acordo com a assessoria do hospital, o bebê teve uma complicação da noite de sábado (2) para domingo (2), já que adquiriu uma infecção da mãe. Esse problema, aliados às complicações da prematuridade, agravaram o quadro.
No momento, Yago está entubado e na incubadora. Porém, diferente do domingo, auge do problema, quando a situação dele era considerada bastante instável, agora ela já está estabilizada, informa a Santa Casa.
A criança está com outras na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) Neonatal da Santa Casa, onde a mãe, Renata Souza Sodré, de 22 anos, foi mantida por aparelhos para que a gestação pudesse continuar. O parto também aconteceu lá, na sexta-feira (31). Yago é o mais novo de todos internados na UTI.
Na incubadora, o bebê recebe cuidados especiais, permanecendo com os olhos cobertos por tampões, recebendo oxigênio úmido e um tipo de tratamento baseado em luz artificial. O menino é pequeno, tem só 34 centímetros e 1,05 kg. A expectatia era de que ele fosse liberado para ver luz a partir dessa semana.
Caso – O caso de Renata e Yago é inédito em Mato Grosso do Sul e foi marcado por troca de informações com médicos do Espírito Santo e Portugal, onde houve situação similar. Com a morte encefálica da paciente, o nascimento do bebê era uma aposta de alto risco.
"É muito difícil um caso como esse porque além do risco de morte, tem o risco de infecção. Tudo compromete a viabilidade do nascimento dessa criança", afirmou a médica Patrícia Berg Leal, responsável pela UTI, em entrevista ao Campo Grande News em 2 de março, quando o parto ainda não tinha sido realizado.
Após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em 27 de janeiro, Renata teve a morte cerebral constatada por dois exames clínicos mais exame de imagem. Os exames também apontaram que o feto vivia e entrava na 17ª semana.
O marido Eduardo Noronha, de 25 anos, contou que Renata nem sabia o sexo da criança, pois, na última vez que ela pôde acompanhar o exame, não foi possível saber se viria menino ou menina. Porém, ela já havia escolhidos os nomes.