Nos últimos meses queda na tarifa de energia em outros estados variou 1,81% a 10.58% (Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado)
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai definir amanhã, o novo valor da tarifa de energia de 970 mil consumidores atendidos pela EMS (Energisa Mato Grosso do Sul Distribuidora de Energia), que começa a vigorar em 8 de abril. Diferente de outros anos, a Agência deve reduzir a tarifa por causa dos custos menores da empresa na destruição da energia. Nos últimos dois meses, a queda em outros estados variou entre de 1,81% a 10,58%.
Como no cálculo é levado em consideração a variação dos custos associados à prestação do serviço, bem como a aquisição e a transmissão de energia elétrica e os encargos setoriais, a Aneel, no dia 21 de março, reduziu em 1,81% a tarifa de energia dos 46 mil consumidores da Companhia Luz e Força de Mococa. Na mesma data foi aprovada a diminuição de 10,58% na energia cobrada de 207 mil consumidores atendidos pela Companhia Luz e Força Santa Cruz – CPFL Santa Cruz. A empresa atende 24 municípios de São Paulo e em três municípios do Paraná.
Na mesma reunião da diretoria da Agência houve redução de 2,87% as tarifas da Companhia Sul Paulista de Energia (CPFL Sul Paulista). A empresa atende 84 mil unidades consumidoras localizadas nos municípios paulistas de Itapetininga, São Miguel Arcanjo, Guareí, Sarapuí e Alambari.
Já no dia 14 de março, a queda na tarifa foi de 6,46% para a Ampla Energia e Serviços S.A, que atende 2,6 milhões de unidades consumidoras localizadas em 66 municípios do Rio de Janeiro.
Em fevereiro, outra empresa do Grupo Energisa, a Borborema Distribuidora de Energia, teve de reduzir em 1,91% a tarifa. Neste caso, não foi análise do reajuste tarifário, o processo envolvia a revisão tarifária de 207 mil unidades consumidoras localizadas em Campina Grande e outras cinco cidades do interior da Paraíba.
Para o deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB/MS), “por causa destas decisões que levam em conta o custo para distribuir a energia elétrica, desde a compra na usina até os medidores nos imóveis, a energia elétrica paga pelos consumidores da EMS no Estado deve seguir a tendência o nacional e também cair”. O parlamentar acompanha as variações da tarifa desde 2015, quando assumiu o mandado de deputado federal, e também apresentou nas comissões de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) e na Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados, requerimentos convocando Romeu Rufino, que à época era o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para explicar o que fizeram para investigar ‘mensalão’ na Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul, que pertenceu ao Grupo Rede Energia), que lesou em torno de R$ 700 milhões consumidores e acionistas.
A decisão sobre o novo valor da tarifa vai ser na próxima terça-feira, a partir das 9h, em reunião da diretoria da Aneel. O relator do processo é o diretor Reive Barros dos Santos.