O escândalo da “maquiagem da carne” exposta pela da Operação da Polícia Federal Carne Fraca envolvendo grandes empresas do setor frigorífico não deverá impactar na demanda interna da carne bovina no País.
Conforme Julio Brissac, analista-chefe e estrategista de mercado da pecuária de corte da Rural Business, não se pode generalizar o envolvimento de profissionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no esquema. “Todos os sistemas de vigilância sanitária do mundo, incluindo Estados Unidos, União Européia e países asiáticos, estão expostos a pessoas e empresas corruptas e agentes desonestos e que, por tanto, não existem motivos para o produtor temer queda de demanda do produto”, concluiu.
A operação, desencadeada pela Polícia Federal na última sexta-feira, foi resultado de investigação que apura paramento de propina para servidores do Mapa com o objetivo de ter liberada para venda carne vencida, com alteração de peso e falta de proteína, entre outras irregularidades. A ação policial foi concentrada nos estados de Paraná, Minas Gerais e Goiás, e inclui gigantes do setor, como a BRF Brasil, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e também a JBS, que detém Friboi, Seara, Swift, entre outras marcas.