A Polícia Militar Ambiental (PMA) multou em R$ 500 mil o frigorífico Marfrig de Bataguassu-MS, onde houve vazamento de amônia na quarta-feira (08/02). Por causa do acidente, houve poluição atmosférica e 21 funcionários precisaram ser levados para atendimento médico por causa da inalação do gás tóxico.
Conforme a PMA, a empresa poderá responder por crime ambiental que prevê pena de seis meses a um ano de detenção, de acordo com a Lei 9.605/98 artigo 54.
Vazamento
O comandante do Corpo de Bombeiros, major Teler Soares, explicou que a válvula que liberou o gás amônia faz parte do sistema de segurança que serve para resfriar as câmaras frias. O vazamento evitou acidente mais grave.
Em nota, a Marfrig disse que não houve qualquer dano aos colaboradores. A empresa informou que um problema na válvula do tanque de amônia provocou o vazamento na unidade de Bataguassu. Segundo a companhia, todos os procedimentos de emergência e evacuação foram prontamente adotados pela unidade e o vazamento jfoi contido.
Os técnicos do frigorífico demoraram quase uma hora para controlar o vazamento mesmo com a ajuda dos bombeiros. Os demais funcionários não foram afetados porque saíram para parte externa do frigorífico assim que soou o alarme.
De acordo com a médica Débora Gandaia, que atendeu aos trabalhadores, eles ficaram cerca de duas horas em observação e depois todos foram liberados. Ninguém precisou ficar internado. Uma funcionária retornou à noite por causa de uma tosse, mas foi atendida e liberada.
Vistoria
Peritos do Ministério Público do Trabalho (MPT) vistoriaram ontem (09/02) o frigorífico. A empresa já voltou a funcionar.
O relatório da vistoria vai embasar as medidas que serão adotadas pela Procuradoria do Trabalho para punir os responsáveis pelo acidente. O Corpo de Bombeiros informou que a empresa tem até o fim de fevereiro para fornecer novos laudos de segurança.