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SÁBADO, 23 DE NOVEMBRO DE 2024
05 de JANEIRO de 2017 | Fonte: Folha de S. Paulo

Papa pede condições dignas a detentos

Renovo meu apelo para que os institutos penitenciários sejam lugares de reeducação e reinserção social, disse o Papa.

O papa Francisco lamentou nesta quarta-feira (04/01) o massacre que deixou 56 detentos mortos no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus, no último domingo (1º). Ele também pediu que "as condições de vida dos detentos sejam dignas de pessoas humanas". "Expresso dor e preocupação com o que aconteceu. Convido a rezar pelos mortos, por seus familiares, por todos os detentos nessa prisão e pelos que trabalham nela (...) E renovo meu apelo para que os institutos penitenciários sejam lugares de reeducação e reinserção social", disse o Papa na audiência geral desta quarta no Vaticano. 

Papa Francisco (Foto: Divulgação)

Além dos 56 mortos na rebelião que durou em torno de 17 horas, outros quatro presos foram mortos na UPP (Unidade Prisional de Puraquequara) e 184 fugiram do Compaj e do Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade). 

 

A Human Rights Watch também se manifestou sobre as mortes afirmando que o governo brasileiro precisa tirar das mãos das facções criminosas o controle das prisões. O massacre é apontado como resultado de uma disputa entre a FDN (Famílias do Norte) e o PCC (Primeiro Comando da Capital). "Nas últimas décadas autoridades brasileiras gradativamente abdicaram de sua responsabilidade de manter a ordem e a segurança nos presídios", disse, em nota, Maria Laura Canineu, diretora do escritório Brasil da ONG. 

 

"O Brasil deveria combater a superpopulação carcerária agilizando o processo judicial de toda pessoa presa. Juízes deveriam fazer maior uso de alternativas à prisão, tanto durante o processo judicial como no âmbito da sentença final, segundo estabelece a legislação brasileira", afirma a Human Rights Watch.



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