A funcionária da Aasana (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia) Celia Castedo Monasterio procurou a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) em Corumbá, na manhã desta segunda-feira (5), em busca informações sobre refúgio. Ainda não foi dada entrada a nenhum pedido.
Celia Castedo Monasterio procurou MPF, após encontrar PF fechada (Foto: Raphaela Poter/TV Morena)
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Por volta das 8h (de MS), Celia procurou o departamento de imigração da Polícia Federal acompanhada de um advogado em busca de informações. Como o setor iria demorar uma hora para abrir, ela não quis esperar e foi ao Minitério Público Federal (MPF).
"O plantonista disse que a mulher queria dar entrada no pedido de refúgio, que é comum aqui. Ele [plantonista] disse para esperar os funcionários chegarem e eles disseram que voltariam depois. Saíram dizendo que iriam ao Ministério Público Federal", afirmou o delegado da PF Sergio Luis Macedo ao G1.
A procuradora do MPF Gabriela Tavares confirmou a presença da funcionária da Aasana e do advogado e disse que entrou em contato com a sede em Brasília. Celia estava no prédio até o fechamento desta reportagem. Um veículo com placas bolivianas estava no local.
A Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República, em coordenação com a procuradora de Corumbá, município de Mato Grosso do Sul que faz fronteira com a Bolívia, "vai solicitar aos órgãos federais competentes as medidas cabíveis, conforme as normas internacionais e o direito brasileiro".
Celia disse às autoridades que alertou o representante da companhia LaMia e transportava a delegação da Chapecoense e sofreu um acidente na madrugada de terça-feira (29) próximo a Medellín, de que a quantidade de combustível era insuficiente e que não seria possível chegar a outro aeroporto no caso de uma emergência.
As observações de Celia Castedo eram de que o tempo de voo era igual à autonomia do avião, que isso não era adequado, e que fazia falta um plano alternativo. A principal advertência se referia ao tempo de voo previsto entre Santa Cruz de La Siera e o aeroporto da cidade colombiana de Medellín (quatro horas e 22 minutos), que era o mesmo registrado para a autonomia de combustível que tinha a aeronave.
O relato foi feito às autoridades depois do acidente. A funcionária foi afastada das funções desde a última quinta-feira (1º).
O avião da LaMia prefixo CP-2933 que caiu com a delegação da Chapecoense, modelo Avro RJ85, é visto em foto de arquivo de setembro de 2015 em Norwich, na Inglaterra (Foto: Matt Varley/Reuters)
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Combustível
O avião que caiu na Colômbia e matou 71 pessoas, incluindo a maior parte da equipe da Chapecoense, estava sem combustível no momento do impacto, de acordo com as descobertas iniciais de autoridades colombianas de aviação.
Os comentários de um funcionário da autoridade de aviação civil da Colômbia na noite de quarta-feira (30) confirmaram as palavras finais do piloto boliviano Miguel Quiroga para a torre de comando no aeroporto de Medellín em áudio obtido pela mídia colombiana.