Em três dos últimos quatro anos, o Governo do Estado teve de recorrer a “manobras” contábeis e administrativas para conseguir honrar o pagamento de juros e correção monetária da dívida estadual com bancos , União e credores externos. Entre 2012 e 2015, o Governo pagou R$ 3,953 bilhões em serviço da dívida, só que o saldo em caixa após descontar da receita os gastos não financeiros foi de R$ 2,097 bilhões, segundo o Boletim de Finanças Públicas dos Entes Subnacionais de 2016 do Ministério da Fazenda, divulgado na última quinta-feira.
Mesmo com o desembolso dos R$ 3,9 bilhões, o débito com os credores chegou a R$ 8,457 milhões no final do ano passado, crescimento médio de 3,8% ao ano entre 2012 e 2015. Em dezembro de 2012 a dívida era de R$ 7,341 bilhões, nem o pagamento de R$ 790,8 milhões naquele ano conteve o aumento da dívida. Ela passou para R$ 7,872 bilhões no ano seguinte, mesmo com o pagamento de outros R$ 890,2 milhões.