A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul registrou novo aumento de 8% no mês de setembro deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado, crescendo de US$ 228,6 milhões para US$ 246,4 milhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems.
Números voltaram a subir nas exportações de MS (Foto: Divulgação) |
No entanto, no acumulado do ano, ou seja, de janeiro a setembro comparado com o mesmo período de 2015, a queda chega a 7%, diminuindo de US$ 2,13 bilhões para US$ 1,97 bilhão, sendo que, quanto ao volume, na comparação mensal, teve estabilidade, enquanto no ano foi registrado queda de 6%, diminuindo de 7,2 milhões de toneladas para 6,7 milhões de toneladas.
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, de janeiro a setembro, os principais destaques ficaram por conta da "Celulose e Papel", "Complexo Frigorífico", "Açúcar e Etanol", "Óleos Vegetais", "Extrativo Mineral", "Couros e Peles" e "Alimentos e Bebidas", que, somados representaram 98,6% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior.
Desempenho
De janeiro a setembro de 2016 as exportações do grupo "Celulose e Papel" somaram US$ 764,6 milhões, apontando queda de 1% sobre igual período de 2015, quando as vendas atingiram US$ 770,3 milhões. A redução observada se deu principalmente pela diminuição nas compras em importantes mercados para a celulose de Mato Grosso do Sul, com destaque para Itália, Holanda, Estados Unidos e Coreia do Sul, que somados apresentaram redução equivalente a US$ 59,4 milhões.
No "Complexo Frigorífico", a receita de exportação de janeiro a setembro de 2016 alcançou o equivalente a US$ 595,5 milhões, sinalizando queda de 9% sobre igual período de 2015, quando o total ficou em US$ 653,1 milhões. A redução observada se deu principalmente por conta da diminuição das compras em importantes mercados para as carnes de Mato Grosso do Sul, com destaque para Arábia Saudita, Rússia, Japão, Egito e China, que somados apresentaram redução de US$ 66,9 milhões.
Outros grupos
Já no grupo "Açúcar e Etanol" a receita de exportação de janeiro a setembro de 2016 alcançou o equivalente a US$ 243,3 milhões, redução de 5% sobre igual período do ano passado. Resultado da queda ocorrida no volume de comercialização do açúcar de cana, único produto do grupo com registro de vendas ao exterior no acumulado deste ano. Até o mês de setembro, foram vendidas 744,3 mil toneladas, contra 780,4 mil no mesmo intervalo do ano passado. A redução observada se deu principalmente pela diminuição das compras em importantes mercados para o Mato Grosso do Sul, com destaque para Argélia, Bangladesh, Índia e Nigéria.
Em relação ao grupo "Óleos Vegetais", o período de janeiro a setembro de 2016 fechou com receita equivalente a US$ 120,5 milhões, indicando queda de 19% sobre o mesmo intervalo de 2015, quando as vendas foram de US$ 148,8 milhões. Resultado influenciado, basicamente, pela queda do preço médio de venda das farinhas e "pellets" da extração do óleo de soja e dos bagaços e outros resíduos da extração do óleo de soja. No caso do primeiro produto a queda foi de 8%, com o preço médio da tonelada sendo vendida, em 2016, por US$ 348,01, contra US$ 379,69 em 2015. Já em relação ao segundo produto, o preço médio da tonelada apresentou queda de 21%, com o preço médio, em 2016, alcançando US$ 327,39, contra US$ 414,78 no ano anterior.
Mais grupos
No grupo "Extrativo Mineral", a receita de exportação acumulada de janeiro a setembro alcançou o equivalente a US$ 104,3 milhões, indicando recuo de 31% sobre o mesmo período de 2015, quando as vendas foram de US$ 151,5 milhões. Resultado fortemente influenciado pela queda de 25% no preço médio da tonelada do minério de ferro, bem como pela redução de 17% no volume comercializado do produto. Em valores, o preço médio da tonelada caiu de US$ 33,89 para US$ 25,51. Já em relação ao volume, o total vendido alcançou o equivalente a 3,3 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a setembro de 2016, contra 3,8 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado.
Já no grupo "Couros e Peles" a receita de exportação de janeiro a setembro de 2016 alcançou US$ 83 milhões, indicando redução de 8% sobre igual período de 2015. Resultado influenciado principalmente pela queda de 25% do preço médio da tonelada do couro exportado por Mato Grosso do Sul. Encerrando, o grupo "Alimentos e Bebidas" fechou o período de janeiro a setembro de 2016 com receita equivalente a US$ 20,6 milhões, indicando aumento de 16% na comparação com o mesmo período de 2015, quando as vendas foram de US$ 17,8 milhões. O crescimento foi influenciado, basicamente, pela elevação das compras feitas pelo Paraguai, Estados Unidos, Alemanha, Bolívia e Reino Unido que, somados, proporcionaram receita adicional de US$ 3,2 milhões.