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TERÇA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2024
06 de OUTUBRO de 2016 | Fonte: O Globo

Bancos propõem reajuste de 8% nos salários

Sindicato recomenda aceitação da oferta de 8% e fim da greve de 31 dias
Greve dos bancários: cartazes avisam sobre paralisação na Asa Norte, em Brasília (Foto: Michel Filho/Agência O Globo)

O comando da greve dos bancários decidiu levar a nova proposta dos bancos para ser votada pelos trabalhadores em assembleias, marcadas para o fim da tarde desta quinta-feira. Caso a maioria vote a favor, a mobilização acaba na sexta-feira. O comando recomenda a aceitação.

 

Durante reunião que terminou no meio da madrugada de quinta-feira, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) elevou de 7% para 8% a oferta de reajuste salarial, manteve o abono em R$ 3,5 mil, e propôs ainda reajuste de 15% no vale-alimentação, 10% no vale-refeição, 10% no auxílio creche-babá. A categoria pleiteia 14,78% de reajuste nos salários. A Fenaban também melhorou de 0,5% para 1% o aumento real proposto para 2017.

 

Outro ponto definido durante a reunião é que os trabalhadores não precisarão compensar os 31 dias parados, completados nesta quinta-feira. Também ficou acordado que haverá a formação de um grupo de trabalho com pauta e prazos pré-definidos de requalificação de bancários e critérios de realocação, para evitar as demissões na categoria.

 

— Fizemos uma greve forte e, em um ambiente de alta incerteza política e econômica, a categoria garantiu ganho real em 2017 e para este ano manteve a valorização em itens importantes como vale-alimentação, refeição e auxílio creche. Garantimos também a não compensação dos dias parados e o comando vai orientar a aprovação nas assembleias — disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

 

A reunião, convocada pelos bancos na manhã de ontem, começou por volta das 17h30 e foi o décimo encontro entre bancos e trabalhadores desde o início da campanha salarial. A última rodada havia ocorrido durante os dias 27 e 28 de setembro, com a proposta de reajuste 7% e abono de R$ 3,5 mil, além de aumento real de 0,5% para 2017. A proposta foi rejeitada à mesa de negociação pela categoria, que pleiteia 14,78% de reajuste.

 

A greve teve início no dia 5 de setembro, quando os sindicatos dos bancários de todo o país chegaram a um impasse nas negociações de reajuste salarial com a Fenaban. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados correspondente a três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação e refeição; auxílio-educação; 13ª cesta básica e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880) e 14º salário.

 

A primeira proposta dos bancos previa reajuste salarial de 6,5% e abono de R$ 3,3 mil.

 

PREJUÍZOS AOS CLIENTES

 

Apesar de os bancos oferecerem atendimento eletrônico para quase todos os tipo de transações, algumas operações acabam sendo prejudicadas no período de greve, especialmente nas instituições públicas. Quem não tem conta na Caixa, por exemplo, tem mais dificuldade para receber benefícios como FGTS e seguro-desemprego.

 

Pessoas que já têm conta na Caixa terão o valor do seguro-desemprego depositado. Aqueles que não possuem conta, mas têm o cartão do cidadão podem sacar o benefício nas casas lotéricas. Já o FGTS só pode ser recebido nas loterias por portadores do cartão do cidadão se o valor for de até R$ 1.500. Acima disso, a pessoa precisa se dirigir a uma agência da Caixa. E, neste caso, o atendimento fica sujeito à boa vontade do bancário.



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