O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta terça-feira seu Panorama da Economia Mundial (WEO, na sigla em inglês), mantendo as previsões que havia feito em julho para o Brasil: recessão de 3,3% neste ano e crescimento de 0,5% em 2017. Embora afirme que o país, juntamente com a Rússia, enfrenta “condições macroeconômicas desafiadoras”, o Fundo, que realiza esta semana seu encontro de outono (no Hemisfério Norte), ressalta que as perspectivas estão melhores que em abril, última reunião da entidade.
“Na América Latina, a economia do Brasil segue em recessão, mas a atividade parece estar perto de sair do fundo do poço, depois dos efeitos dos choques — da queda dos preços das commodities (matérias-primas com cotação global, como soja, minério de ferro e petróleo), o ajuste nos preços administrados em 2015 e das incertezas políticas — desaparecer”, afirma o documento do FMI.
O relatório diz ainda que existe, no Brasil, “uma necessidade prioritária para aumentar a confiança e aumentar o investimento”, com a adoção de uma estabilidade política após a transição do governo. O Fundo voltou a dizer que apoia a adoção da regra que cria um teto para os gastos públicos, mas lembra que o país ainda precisa reformar seu sistema tributário, reduzir a barreira ao livre comércio e combater as deficiência na infraestrutura.