A chegada do Pokémon Go ao Brasil na noite da última quarta-feira (3) não animou apenas os fãs de jogos, mas também os comerciantes de acessórios para celulares. Com a "febre", o cenário mais comum nos últimos dias é de pessoas de todas as idades caçando os monstrinhos virtuais e com isso, o consumo das baterias dos celulares aumenta, o que obriga a recarregar os aparelhos constantemente.
Para quem não quer interromper a brincadeira, os carregadores portáteis se tornaram item obrigatório, o que fez a venda do acessório saltar de um por semana para nove por dia no Camelódromo, o que contabiliza aumento de 800%nas vendas "Aumentamos muito as vendas, antes nem havia quase procura e agora é febre. Tomara que lancem mais jogos como este", comenta o vendedor Gabriel Pereira.
Segundo o vendedor, há um perfil de quem procura o carregador. "Achávamos que crianças e adolescentes viriam atrás dos carregadores, mas quem compra são os adultos, principalmente homens", revela.
Com valores entre R$ 25 e R$ 100, os mais vendidos são os que custam em média R$ 60 e tem capacidade para quatro cargas. "As pessoas não querem os mais simples, sempre procuram os melhores, que servem para todos os aparelhos e duram mais e para isso, não se importam de pagar mais".
Parques e praças estão repletas de caçadores de Pokémon (Foto: Fernando Antunes)
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Em outro box do centro comercial, a história se repete. Segundo o vendedor Jean Prestes, o carregador portátil não tinha saída e agora, ele precisa repor o estoque constantemente. "Antes, vender um carregador desses por semana já era muito e agora, se eu colocar cinco à venda por dia, acabam os cinco, nunca houve tanta procura em tão pouco tempo", conta.
Na região central da cidade, o panorama é diferente, já que a procura pelo acessório ainda não é grande. Em uma loja de celulares localizada na Rua Barão do Rio Branco, os carregadores portáteis são pouco procurados, mas a vendedora Agnes Toledo acredita que ainda haverá aumento nas vendas. "Muitas pessoas estão jogando, basta andar nas praças e parques, logo devem iniciar a compra desse tipo de carregador", avalia.
Em uma banca de acessórios para celular localizada na Rua Dom Aquino, também não houve mudanças e as vendas permanecem em um carregador por semana, mas a proprietária, Simone Molina, vai reforçar os estoques. "Com tantas pessoas jogando, é melhor garantir e ficar preparada. Acredito que os compradores já vão direto ao Camelódromo porque tem muitos box lá, mas vão começar a comprar no centro da cidade também", adianta.
Jogadora assídua do Pokémon Go, a vendedora Mayara Ribeiro (19) diz que ainda não adquiriu o acessório, mas não descarta a compra, caso necessário. "Por enquanto a bateria do celular está aguentando, mas tenho usado bastante. Ontem mesmo dei uma volta a mais de ônibus só para passar nos pontos para recarregar os Poké Ball (munição para a caça dos monstrinhos virtuais).