Segundo o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a expectativa é que os embarques do produto comecem em três meses, após a conclusão de trâmites administrativos. As informações são da Agência Brasil.
Em junho do ano passado, o governo brasileiro anunciou que os EUA liberaram a importação de carne bovina in natura de 13 estados brasileiros e do Distrito Federal, mas ainda pendiam negociações sobre equivalência de inspeção sanitária. As unidades locais que podem elevar a produção são quatro pertencentes ao grupo JBS, duas ficam em Campo Grande, uma em Anastácio e outra em Naviraí.
O Ministério da Agricultura estima que 19 frigoríficos brasileiros já tenham condições sanitárias para exportar carne bovina in natura para os Estados Unidos. O acordo foi decidido ontem, em Washington, durante o IX Comitê Consultivo Agrícola (CCA) dos dois países.
Segundo uma nota distribuída pelo Ministério da Agricultura (Mapa), a modalidade de habilitação será por "pré-listing", isto é, tanto o Mapa quanto o USDA (agência americana de agricultura) poderão indicar lista de estabelecimentos para a exportação.
Mercado
Mato Grosso do Sul tem o quinto maior rebanho bovino do país, com aproximadamente 20 milhões de cabeça, e o mercado de exportação gerou para o Estado US$ 262,104 milhões somente no primeiro semestre de 2016, de acordo com a Fiems (Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul e do produto).
"Assim como mais de cem países que já contemplam exigentes paladares, os Estados Unidos contarão com a qualidade e constância da carne brasileira", frisou o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso, Francisco Manzi.
Para o vice-presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), José Mário Schreiner, o acordo mostra que a carne bovina brasileira tem padrão elevado.
"Mais que isso, o acesso ao mercado norte-americano vai possibilitar que consigamos abrir novos canais de venda e chegarmos a mais destinos com nossos produtos".