As fábricas em processo de expansão terão de investir quase R$ 12 milhões em ações para minimizar os impactos sociais com a vinda de trabalhadores de outras regiões para Três Lagoas.
Os valores foram definidos por meio do Comitê de Desenvolvimento Sustentável (Codesul), órgão não-governamental composto por várias instituições da cidade para avaliar os impactos sociais trazidos pelo desenvolvimento e buscar forma de amenizá-los, e já começaram a ser aplicados.
Conforme Milton Gomes Silveira, presidente do Codesul, Cargill, Eldorado Brasil e Fibria, todas em processo de ampliação, terão de investir R$ 700 mil, R$ 5 milhões e R$ 6,2 milhões, respectivamente, para mitigar os impactos gerados durante a construção civil. As cifras foram definidas de acordo com o tamanho da obra e, consequentemente, o seu impacto social no município.
“As pessoas costumam confundir ação compensatória com mitigadora. Na compensatória, prevista em Lei, a empresa precisa recolher junto ao órgão ambiental do Estado. O valor varia de 0,5% a 1%, dependendo do empreendimento e do estudo de impacto ambiental, e este recurso só pode ser revertido ao meio ambiente. Já a ação mitigadora tenta minimizar os impactos sociais gerados durante a obra. Não está na Lei. As empresas cumprem mais por compromisso social do que por obrigatoriedade”, destacou.