Policiais Civis de Mato Grosso do Sul começaram, às 8 horas desta sexta-feira (1º), ato de protesto contra anúncio do Governo do Estado que ontem definiu abono salarial de R$ 200 para todos os servidores. Além do protesto por reajuste salarial, os agentes denunciam que até munições são compradas em atacado com “vaquinha” feita pelos policiais.
A revolta de vários servidores com o abono anunciado ontem por Reinaldo Azambuja (PSDB) é que o método de aumento pode ser retirado a qualquer momento e não integrado ao salário como é o caso dos reajustes.
Até às 20 horas de hoje, durante 12 horas, os policiais cruzarão os braços e nenhuma delegacia de Campo Grande registrará boletim de ocorrência ou fará investigações. As exceções ficam por conta de casos de flagrante, crimes relacionados com a Lei Maria da Penha e mandados de prisão.
Presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Giancarlo Miranda afirma que além da revolta pelo abono salarial de R$ 200, a categoria está insatisfeita com as condições de trabalho.
Compra de gasolina, de crédito de celular para investigação e até de munições são feitas com dinheiro dos próprios policiais quando os itens acabam, segundo o sindicato. A compra das munições, por exemplo, são feitas por atacado e por meio da “vaquinha”, ou seja, cada policial contribui com o que pode.
A expectativa da categoria é que de 150 a 200 policiais participem da manifestação na Capital. No caso dos policiais civis, a reivindicação é de aumento de 16%, que cobriria a inflação. Os policiais militares também definirão atos de protesto, que no caso deles é o aquartelamento, em assembleia marcada para às 15 horas desta sexta-feira.