A chuva que cai intermitentemente no centro-sul do Estado já atrasa a colheita da soja na região e prejudica o escoamento da produção. O volume colhido até 26 de fevereiro é de 49,5% da área plantada, índice 12% abaixo do desempenho no mesmo período da safra anterior. O levantamento é do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga) da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja).
O atraso na colheita da soja também vai acarretar o plantio tardio do milho safrinha que deveria ser semeado até 10 de março para evitar o período de geadas. Isso sem contar o aumento nos gastos dos produtores que pode chegar a 30%, com manejo de pragas que tendem a crescer nestes períodos de alta umidade nas áreas.
MAIS PREJUÍZO
O governo do Estado através da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) deve aumentar o valor investido na recuperação das estradas rurais destruídas ou danificadas depois das fortes chuvas que atingiram, principalmente, as cidades do sul de Mato Grosso do Sul. Segundo relatório da agência, já são R$ 19.036.061,34 aplicados na recuperação de 14 rodovias municipais, mas esse valor pode aumentar. Além dessas, esse total está sendo aplicado na recuperação de uma ponte em Tacuru e da MS-465. O governo já investiu R$ 70 milhões desde dezembro na reparação de estragos da chuva.
FAMÍLIAS DESABRIGADAS E CRIANÇAS SEM AULA
O períodos de chuvas em Mato Grosso do Sul voltou a assustar moradores do interior. As cidades de Miranda, Bela Vista, Jateí, Dourados e Fátima do Sul são as mais afetadas, até ontem haviam há pelo menos 12 famílias desabrigadas. Em Naviraí, aproximadamente 500 alunos sem conseguir chegar escolas devido as condições das estradas, intransitáveis devido ao excesso das chuvas.