A CCR MSVia, responsável pela administração da BR-163 em MS, arrecadou R$ 89,1 milhões com a cobrança de pedágio em três meses do ano passado. As nove praças começaram a funcionar em 14 de setembro, com valores entre R$ 4,70 e R$ 7,20 para carros.
Os números foram publicados hoje no balanço orçamentário da empresa, e mostram que apesar da receita bruta de R$ 588 milhões em 2015, a CCR MSVia terminou o ano com deficit de R$ 11 milhões. Ou seja, gastou mais do que arrecadou durante o ano, devido aos R$ 493 milhões investidos em construção.
A empresa assinou contrato com a União em 11 de março de 2014, para poder explorar os 845,4 km da BR-163 em Mato Grosso do Sul, por 30 anos. Durante o primeiro ano, se concentrou em garantir licenças ambientais e iniciar a duplicação de trechos de maior importância.
Para iniciar a cobrança do pedágio, a empresa precisou concluir a duplicação de 10% de toda a extensão da rodovia, o que soma pouco mais de 90 quilômetros. Além disso, a empresa precisou construir 17 bases operacionais, nove praças de pedágios e capacitar 240 funcionários para trabalharem na cobrança.
Em pouco mais de 100 dias da cobrança na rodovia que corta o Estado e é o principal modal de ecoamento da produção, a CCR MSVia arrecadou R$ 89 milhões. O objetivo é que a duplicação seja concluída em cinco anos, ou seja, em 2019.
Em 2016, a previsão da empresa é de duplicar mais 50 quilômetros da rodovia e executar mais de 200 quilômetros de restaurações de pavimento. Ao todo, serão investidos R$ 500 milhões em 2016. A empresa também está implantando 541 câmeras para monitoramento de 100% da rodovia.
Empréstimos
Em junho de 2015, a concessionária recebeu R$ 248,8 milhões de empréstimo contraído junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), referentes ao financiamento firmado em 2014, no total de R$ 646 milhões.
Já no fim do ano passado, o BNDES aprovou novo empréstimo para a empresa. Dessa vez de R$ 2,319 milhões, que serão aplicados nos investimentos pactuados no contrato de concessão.
Do total do financiamento de longo prazo, R$ 210 milhões serão repassados pela Caixa Econômica Federal, na qualidade de agente financeiro, ou seja, operação indireta. Os recursos do BNDES compõem uma parte do financiamento total do projeto, que contará, também, com recursos oriundos diretamente da Caixa, chegando a cerca de 62% dos investimentos financiáveis.