Detentos do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, em Campo Grande, iniciaram reforma na escola estadual Padre José Scampini, 2ª maior da capital de Mato Grosso do Sul em número de alunos. Segundo a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), a obra está orçada em R$ 149 mil e será paga com salários dos presos que trabalham por meio de convênios com o poder público, medida instituída pela Justiça.
A escola fica no bairro Coophavila II e é a quinta beneficiada pelo projeto Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade. De acordo com a Agepen, desde o início da ação, o governo do estado economizou mais de R$ 1,2 milhão.
Caso o Executivo sul-mato-grossense usasse recursos próprios, gastaria pelo menos R$ 500 mil só na reforma da escola estadual Padre José Scampini, conforme a Agepen.
Serão 14 presos trabalhando na reforma de 30 salas de aula, do anfiteatro, da quadra e das estruturas elétrica e hidráulica. O prédio passará também por pintura, calçamento, adaptação de banheiros e construção de muros.
Verba dos presos
De acordo com a Agepen, o recurso que será usado para custear a obra é proveniente da arrecadação do desconto de 10% do salário de cada preso que trabalha por meio de convênios com o poder público, medida instituída pelo juiz da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, Albino Coimbra Neto.
Com a verba arrecadada, é possível custear todo o material de construção, aluguel de equipamentos, caçambas de entulho, andaimes, alimentação dos operários e demais despesas. O governo do estado arca apenas com o salário e o transporte dos presos envolvidos na reforma.