Quando foi anunciada pela CCRMSVia, a duplicação da BR-163 em Mato Grosso do Sul trouxe, sobretudo, otimismo a quem utiliza a rodovia federal. No entanto, a empresa que ganhou a concessão por 30 anos dessa movimentada via cobra pedágio mesmo com apenas 90 quilômetros duplicados e obras paralisadas.
Atualmente, a situação tem deixado descontentes os usuários da rodovia federal. Isso porque a extensão duplicada até o momento corresponde a meros 10% do total que corta o Estado. Para piorar, as obras de duplicação foram paralisadas em alguns trechos, embora o pedágio continue a ser cobrado.
Entre Campo Grande e Dourados, por exemplo, só é possível ver avanço nas obras justamente na praça de pedágio, onde a rodovia foi alargada e ganhou faixas extras. No mais, a única mudança vista é na sinalização viária e na instalação de diversos radares.
Na semana passada, a CCR MSVia informou que “os projetos relativos ao prosseguimento da duplicação da BR-163/MS estão sendo objetos de discussão com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), por conta da definição da Licença Ambiental”.
Conforme a empresa, “o restante da duplicação, segundo o contrato de concessão, deve ser realizado em 48 meses de prazo. Esse prazo começa a contar a partir da data de emissão da Licença de Instalação em nome da Concessionária, o que ainda não ocorreu".
Sem ao menos um prazo para ver a BR-163 duplicada, os usuários da via têm uma única certeza: transitar por essa via custa caro. Nas nove praças de pedágio em atividade até o momento, os valores cobrados variam entre R$ 4,70 e R$ 7,20. Cortar o Estado de norte a sul, por exemplo, custa R$ 55,00.