Enquanto o governo estadual garante o reajuste de 13,1% dos professores, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) exige o cumprimento dos 25,42% – os dois índices são, respectivamente, a soma do percentual garantido anualmente e o restante representa um quarto do piso nacional do magistério para 20 horas.
Representantes dos professores da rede estadual e governo mantêm negociação desde a semana passada. Nesta segunda-feira (19), a Fetems se reuniu novamente com a equipe de Reinaldo Azambuja (PSDB).
De acordo com a secretária de Estado de Educação, Maria Cecilia Amendola, o governo vai analisar nos próximos dias folhas de pagamento de novembro, dezembro e janeiro, para que, a partir disso, apresente uma proposta já na quarta-feira, quando está marcada nova reunião.
No encontro de hoje, que reuniu os secretários de Estado da Casa Civil, de Governo e Educação, foram apresentados alguns números do orçamento de MS, que seriam compatíveis aos levantados e defendidos pela direção da Fetems. “A comissão vai analisar a folha de pagamento analítica, a partir da folha, com remuneração e cargos, para que possa ver a possibilidade do cumprimento da lei. Mas não abrimos mão dos 25%”, disse o presidente da Fetems, Roberto Magno Botarelli.
A secretária de Educação, por sua vez, afirma que seria “inconsequência prometer um reasjute e depois não poder cumpri-lo”. O percentual de 13,1%, que representa o reajuste anual, sem o ¼ do piso nacional para 20 horas, é dado como certo pelo governo. O restante, no entanto, ainda será analisado, afirma.
Ela lembra que são 20 mil professores, no entanto, a metade não consta na folha de pagamento de janeiro. Caso seja aplicado o reajuste de 25%, somaria R$ 22 milhões, segundo levantamento do governo.