Na última reportagem da série que expõe a insuficiência no trabalho da Força Nacional nas aldeias Jaguapiru, Bororó e Tey’ Kue, na região Sul do Estado – conforme acusado por lideranças indígenas e admitido pelos próprios policiais – o Dourados News destaca hoje as justificativas do Ministério da Justiça a respeito.
A pasta do governo federal é a quem a Força está subordinada. A tropa de atuação especial está presente nas principais aldeias da região Sul do Estado desde outubro de 2011, primeiro para cooperar com ações da Polícia Federal e depois por determinação da 2ª Vara Cível de Dourados, para garantia da integridade e direitos da comunidade indígena.
A principal crítica ao trabalho da Força Nacional nas aldeias de Dourados e Caarapó é relacionada ao efetivo apontado como “insuficiente” por lideranças e também pelos próprios policiais que hoje atuam no Estado, ambos ouvidos pelo Dourados News. No total, oito militares divididos em duas viaturas se revezam no cuidado a uma população de pelo menos 20 mil indígenas nas três aldeias cuja segurança está sob responsabilidade da Força Nacional.
Ministério respondeu, mas não esclareceu
A informação obtida pelo Dourados News não foi esclarecida pelo Ministério da Justiça, que respondeu por meio de nota oficial enviada pela assessoria de comunicação alegando que “não divulga durante a operação dados sobre efetivo, escalas ou deslocamento das equipes, por questões de segurança e inteligência”.
Ainda na nota, o Ministério não se posiciona sobre as acusações de um efetivo insuficiente à demanda das três aldeias e também não aponta se está prevista a vinda de mais policiais para auxiliar os que aqui estão. “É incomum anteciparmos este tipo de informação”.
Questionado ainda sobre como avalia o trabalho de mais de três anos da Força em Mato Grosso do Sul e também as críticas relacionadas a essa atuação, a nota da assessoria do Ministério foi evasiva, admitindo não ter informações detalhadas a respeito.
“Toda e reclamação que chega sobre a Força, em qualquer operação no país, é analisada e investigada imediatamente. A avaliação é feita diariamente e quando se verifica necessidade de ajuste ele é feito. Não dispomos dessas informações”, finaliza a nota encaminhada ao Dourados News.