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SÁBADO, 23 DE NOVEMBRO DE 2024
07 de MARÇO de 2022 | Fonte: Campo Grande News

Investigadora da Defron morre no interior de MS

Jovem investigadora teria tirado a própria vida, no entanto, a causa da morte não foi confirmada pela polícia e nem pela família.
Daiane em uma das fotos postadas no Facebook (Foto: Facebook)

A investigadora da Defron (Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira) de Mato Grosso do Sul, Daiane Polesel Garcia, morreu neste domingo (06/03), em Glória de Dourados, onde ela morava. O velório e sepultamento ocorrem nesta segunda-feira (07/03). 

 

Conforme publicou a PCMS (Polícia Civil de Mato Grosso do Sul), Daiane é da turma de 2014 e é esposa de um escrivão de Polícia, também lotado na Defron.

 

"É com profundo pesar que comunicamos o falecimento da investigadora de Polícia Civil, Daiane Polesel Garcia, lotada na Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron). Que Deus possa confortar o coração de todos os amigos e familiares neste momento de profunda dor", disse a PCMS.

 

Daiane teria tirado a própria vida, no entanto, a causa da morte não foi confirmada pela polícia e nem pela família. "O mal que assola nossa profissão fez mais uma vítima", disseram colegas nas redes sociais ao lamentar a morte da investigadora

 

Sexto caso

Este é o sexto caso de suicídio envolvendo profissionais da segurança pública no Estado. Foram cinco em apenas 30 dias. A triste estatística reforça um ponto já bem claro para quem atua na saúde mental: o grau de estresse de certas profissões agrava sintomas preexistentes.

 

“A gente precisa de maiores pesquisas nas áreas, mas médicos, policiais militares, civis, agentes penitenciários sofrem grau de estresse que pode agravar sintomas. Não significa que a profissão em si vai causar isso, mas ela tem grau de estresse capaz de agravar ou desencadear sintomas preexistentes. E o risco de suicídio é maior nos quadros graves”, afirma o psiquiatra Marcos Estevão.

 

Presidente da ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares), Mário Sérgio do Couto afirma que os policiais são treinados como máquinas, têm apenas três segundos para decidir entre decisão letal ou não letal e são pressionados pelo regulamento disciplinar.

 

“O estresse é enorme, chega na faixa da exaustão. Vem a depressão, que leva ao suicídio. O policial militar tem três segundos para tomar uma decisão. Imagina, passar 20 anos decidindo em três segundos. O delegado tem 40 dias para fazer um inquérito, um juiz tem seis meses para julgar”.



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