Por: Paulo Corrêa, presidente da Assembleia Legislativa de MS
Nós temos motivos para nos orgulhar. Mato Grosso do Sul está dando um exemplo de trabalho conjunto e serve de modelo para o restante do País. A maior prova disso é que já foram aplicadas aqui no nosso Estado mais de dois milhões de doses de vacina contra o coronavírus. Mais que um recorde, esse número demonstra a nossa força de vontade na luta contra um dos mais terríveis inimigos que enfrentamos. A união dos 24 deputados, do governador Reinaldo Azambuja, do nosso interlocutor - secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel -, do presidente da Federação das Indústrias de MS, Sérgio Longen, da Energisa e das prefeituras é a perfeita representação daquilo que todo mundo aqui sabe desde criancinha: quando o sul-mato-grossense se propõe a realizar uma tarefa, ele fará de uma forma determinada e sem medir esforços.
Nossa jornada contra a Covid começou quando a vacina era apenas uma expectativa, sem data definida. Conscientes da difícil tarefa imposta pelas circunstâncias, nós, parlamentares da Assembleia Legislativa, adotamos todas as medidas de biossegurança necessárias e seguimos trabalhando. Era necessário seguir trabalhando. Em sessões com participação remota e presencial, aprovamos leis, elaboramos ações e definimos estratégias para combater a pandemia e seus efeitos.
A crise provocada pela doença atingiu todos, no entanto, foram os demasiadamente pobres que tiveram impacto mais violento em suas vidas. Atentos à urgência de cada necessidade, agimos sem dar ouvidos aos pessimistas e àqueles que torcem pelo "quanto pior, melhor". Orientados pela ciência e pautados pelo respeito à saúde e à vida dos sul-mato-grossenses, aprovamos o Programa Mais Social, que está transferindo renda para alimentar mais de 100 mil famílias do Estado. É vacina no braço e comida na mesa de quem mais precisa.
A Casa de Leis também atuou junto à iniciativa privada para garantir emprego, e o resultado está refletido nos números crescentes de ocupação de vagas de trabalho. Articulamos, sugerimos e aprovamos um amplo pacote de incentivos destinados às famílias, aos microempreendedores, às pequenas empresas e aos profissionais da Cultura e do Turismo. São R$ 763 milhões para socorrer financeiramente setores e as parcelas populacionais mais vulneráveis.
Mesmo tendo passado os momentos mais difíceis, não vamos esquecer o que vivemos até aqui. Desde o início da jornada, muitas vidas foram perdidas, inclusive, dois amigos deputados. Os mais sacrificados foram os profissionais de saúde, verdadeiros heróis desta história. O desrespeito ao conhecimento acadêmico cobrou um alto preço, demonstrando que a empatia é talvez a maior virtude de um político. Quando falta este atributo em quem toma decisões, todos sofrem. Sou engenheiro de formação e acredito que o cálculo e o saber científico garantem a segura resolução da maioria dos nossos problemas. Enquanto pai, avô e marido, também sei que para solucionar algumas dificuldades é preciso mais que a razão. É necessário acreditar no amor sincero e incondicional que a gente encontra na família e em Deus.
Por isso, diante de tantas famílias destroçadas pelo descaso de alguns poucos, tenho me apegado - cada vez mais - na certeza que é preciso ter espírito solidário para ser um bom homem público. Para entender aquilo que faz falta, aquilo que é importante na vida das pessoas, temos que compreender o que cada um sente, do empresário que contrata centenas de funcionários até aquela mãe de família que está desempregada. Todos são importantes. Todos precisam de atenção e cuidado. Todos merecem dignidade.
Por fim, quero compartilhar com você, amigo e amiga sul-mato-grossense, uma mensagem de confiança. Preciso que você acredite junto comigo que, em dias cinzentos como os atuais, podemos encontrar brilho na esperança porque temos fé. Que nestes tempos duros, devemos guardar a certeza de que o futuro será melhor porque acreditamos e trabalhamos para isso. Que em meio a tanto luto e dor, nos lembraremos de cada vida ceifada e celebraremos cada segundo de vida. Em frente, vamos juntos.