Militares da Força Nacional de Segurança Pública irão atuar por mais 30 dias em Mato Grosso do Sul, com objetivo de evitar confrontos armados entre indígenas e produtores rurais em Caarapó e Dourados, a contar dessa segunda-feira (12/10). Ou seja, equipes ficam no Estado até 10 de novembro.
Portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública, com autorização para prorrogação do emprego da Força Nacional no Estado, foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.
Segundo a portaria, a Força Nacional poderá ser empregada com ênfase em ações de policiamento ostensivo para prevenção de conflitos agrários por questões fundiárias, bem como no combate aos crimes transnacionais de contrabando, tráfico de drogas, armas e munições, em caráter episódico e planejado, em apoio aos órgãos de segurança pública do Estado.
Em Dourados, os militares atuam desde o início deste ano, a pedido do governador Reinaldo Azambuja depois de conflitos entre produtores rurais e indígenas ocorridos no município no dia 3 de janeiro.
Em Caarapó, a Força Nacional atua desde junho 2016 em decorrência da morte de um indígena guarani-kaiowá na disputa agrária. Na época, a então presidente Dilma Roussef chancelou uma nova demarcação de terras indígenas, justificando a decisão baseada em estudos de identificação e delimitação de terras.
Com a sanção de Dilma, índios de uma aldeia local decidiram invadir uma fazenda e seis deles foram baleados. Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza, agente de saúde da aldeia Tey Kue e filho de liderança, morreu baleado.
Depois do atentado, oito fazendas nos arredores foram invadidas e algumas permanecem ocupadas. A Força Nacional busca garantir que não haja novas invasões e confrontos.
A Força Nacional também atua em Mato Grosso do Sul, na cidade de Ponta Porã, em apoio às ações de combate aos crimes fronteiriços, e também no combate aos incêndios no Pantanal.