O motorista da prefeitura de Paraguaçu Paulista (SP) que foi preso transportando mais de 130 quilos de maconha no carro oficial do município, em uma rodovia do Mato Grosso do Sul, foi exonerado na segunda-feira (05/10) do cargo comissionado que ele exercia. Ele segue como servidor efetivo da prefeitura, pois é concursado.
A decisão pela exoneração de Sandro Luís Alves de Oliveira, de 53 anos, foi anunciada um dia após a prefeitura determinar a instauração de um processo administrativo para apurar as circunstâncias em que o servidor cometeu o crime.
Segundo a prefeitura, por ter cargo de confiança, o motorista tinha livre acesso ao veículo a qualquer hora do dia. Ele também era o responsável por usar o carro oficial nos deslocamentos da prefeita Almira Garms (PSDB).
Conforme o Executivo, um funcionário do departamento Jurídico da prefeitura viajou a Naviraí para retirar o veículo usado no crime.
“Embora vamos ser solidários com a dor da família [do motorista], seremos severos na apuração do processo administrativo para a investigação de todas as irregularidades que pudessem estar acontecendo”, disse a prefeita através da assessoria de imprensa.
O servidor foi abordado na madrugada de sábado (03/10) por policiais do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) na Rodovia Paulo Rodrigues Santos (MS-141), em Naviraí-MS, a mais de 500 quilômetros de distância da cidade paulista.
No veículo da prefeitura, que estava com as placas indicando ser um carro oficial, os policiais encontraram fardos de maconha que pesaram 136,4 quilos.
A ação que terminou com a prisão do servidor municipal ocorreu durante a Operação Hórus, realizada em parceria entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do MS e o Ministério da Justiça e Segurança pública.
Segundo o DOF, os militares deram ordem de parada ao motorista e encontraram sete fardos de maconha.
Aos policiais, o motorista disse que é a terceira vez que ele transporta droga para o estado de São Paulo e que foi contratado por uma pessoa desconhecida, com quem se comunicava apenas por telefone celular.
O servidor da prefeitura foi levado para a Delegacia da Polícia Civil de Naviraí, onde permaneceu à disposição da Justiça.