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TERÇA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2024
06 de MAIO de 2020 | Fonte: Campo Grande News

A cada 20 horas, um preso quebra tornozeleira em MS

Justiça define quem pode ser monitorado virtualmente para cumprir pena ou esperar andamento de processos
Funcionário do setor responsável por monitorar custodiados usando tornozeleira durante procedimento com equipamento (Foto: Divulgação)

É de 144 o número de tornozeleiras eletrônicas danificadas ou “perdidas” em Mato Grosso do Sul neste ano, segundo dados da Unidade de Monitoramento Virtual Estadual, ligada à Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário). Considerando os dias de 2020 até esta terça-feira (5), 125, significa uma fuga a cada 20h entre custodiados monitorados à distância.

Na linguagem usada pela agência, o equipamento danificado é aquele que os presos rompem para fugir, mas ainda é recuperado. Perdido é o dispositivo que não é mais localizado. Não foi feita a diferenciação numérica.

O dado foi fornecido ao Campo Grande News em resposta a solicitação feita depois de quatro episódios notificando “quebra” desse regime de vigilância de criminosos processados ou condenados. Um deles foi o traficante Gerson Palermo, de 62 anos, fugitivo desde 22 de abril.

Condenado a mais de cem anos, por crimes de tráfico internacional até sequestro de avião, o preso sumiu poucas horas depois de colocar o aparelho, o que conseguiu graças a decisão dada pelo desembargador do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) Divoncir Schreiner Maran durante o plantão judicial do dia 21 de abril.

No despacho, Palermo foi beneficiado com a prisão domiciliar sob argumento de estar em grupo de risco para contágio do novo coronavírus e por isso não poder ficar encarcerado. Cumpria pena no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande, considerado de segurança máxima. Segue como fugitivo e agora faz parte da lista de procurados pela Interpol.

A tornozeleira que estava com ele foi encontrada, na casa da esposa, no Bairro Cophamat, por policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, logo depois de a unidade de monitoramento perceber que ele havia rompido o equipamento.

Valor - Cada dispositivo como o que Palermo deixou para trás tem custo de R$ 1.275,00, de acordo com a Agepen.  “Quando há rompimento apenas da cinta que prende o equipamento à tornozeleira, não há custo de reposição”, diz a nota enviada pela Agepen em resposta ao Campo Grande News.

O contrato com a empresa que fornece a tecnologia prevê a possibilidade de até 10% de perda do total de tornozeleiras utilizadas ao ano sem custo. O mapa atualizado até março indicava 1.784 dispositivos em uso.

"É rápido" – A Agepen afirma que no caso de Gerson Palermo, o acionamento da polícia foi “imediato”. É assim, segundo informado, sempre que “o sistema alerta” sobre a saída do custodiado da região permitida.



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