Mato Grosso do Sul terá 1.343 leitos exclusivos para atender pacientes com Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. A doença matou na semana passada a primeira vítima, Eleuzi Nascimento que tinha 64 anos e histórico de problemas respiratórios. Ela era de Batayporã e ficou internada por uma semana em Nova Andradina antes de ser transferida para Dourados, a 230 quilômetros de Campo Grande, onde morreu na quarta-feira (1°).
Outras mortes são investigadas em Três Lagoas e no mesmo município de Eleuzi. A segunda vítima de Batayporã foi revelada hoje pelo secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, durante entrevista coletiva pela internet. A vítima, que estava internada desde o dia 27 de março, e os exames constataram que a morte foi provocada pela Covid-19.
A quantidade de leitos foi detalhada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) em resolução publicada hoje em Diário Oficial (DOE). O mapa hospitalar de leitos para internação clínica e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) faz parte do Plano de Contigência do Estado para a Covid-19.
Os leitos foram divididos entre clínicos e de UTI e também já existentes e ampliados. No total são 872 leitos operantes em hospitais públicos e particulares da Capital e do Interior, deste total 76 são de UTI (70 para adultos). Os leitos ampliados chegam a 471, sendo 157 deles exclusivos de UTI para pacientes adultos. A quantidade eleva o número de leitos de terapia intensiva para 233 no Estado. Porém, ainda é insuficiente levando em consideração a população de Mato Grosso do Sul que chega a aproximadamente 2,5 milhões de habitantes.
Isso porque, de acordo com o Conselho Federal de Medicia (CFM) - no último levantando de leitos de UTI do País, feito em setembro de 2018 - o ideal é haver três leitos de terapia intensiva para cada 10 mil habitantes. Com os 233 exclusivos para atender casos de Covid-19 o Estado teria apenas um leito para 11,4 mil habitantes.