Um jovem de 21 anos é considerado o 1º "caso provável" de coronavírus em Mato Grosso do Sul. O rapaz deu entrada ontem na Santa Casa de Campo Grande, às 8h15, com histórico de dores musculares, tosse seca, sensação de febre e falta de ar ao fazer exercício. Aos médicos, contou que teve contato com amigo que passou pela China nos últimos 15 dias, por isso acendeu o alerta na equipe médica.
Segundo a Santa Casa, a doença foi descartada no mesmo dia, depois do jovem passar por exames complementares. No período que ficou no hospital, permaneceu em isolamento para vigilância epidemiológica, seguindo protocolo determinado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
O paciente foi liberado às 20 horas de quarta-feira (29) porque "após a finalização dos exames e avaliação dos especialistas foi descartado a suspeita para coronavírus", reforça a Santa Casa.
O hospital explica que a primeira classificação de paciente com sintomas é de "caso provável" e depois de exames laboratoriais as secretarias de saúde são notificadas, para que então seja enquadrado como "caso suspeito". No episódio do rapaz de 21 anos, a notificação não ocorreu porque o coronavírus foi refutado após os testes.
Reunião - Na manhã desta quinta-feira, ocorreu a primeira reunião do "Comitê de Contingenciamento", criado pela Santa Casa, para estabelecer estratégias e diretrizes para atendimento de casos prováveis e suspeitos de Coronavírus.
Participaram da conversa, profissionais de serviços de controle hospitalar, além de coordenadores das equipes médica, de enfermagem e fisioterapia da Santa Casa.
A infectologista Priscila Alexandrino lembra que os sintomas que devem ser observados pela população são os mesmos de qualquer vírus da gripe, como tosse e febre. O alerta é para que as pessoas evitem, inclusive, viagens internacionais e adotem pequenos cuidados, como lavar as mãos com frequência e usar álcool gel.
Cercado - No Brasil, já são nove casos suspeitos de coronavírus, distribuídos por 6 estados, 3 deles fazem divisa com o estado: Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Também integram a lista Rio de Janeiro, Santa Catarina e Ceará. O governo do Paraguai também divulgou ontem que investiga um caso no país que faz fronteira com Mato Grosso do Sul.